Jogo de Poder

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"Olá, queridos leitores! Acredito que todos estão por dentro das últimas notícias... e eu estou aqui para esclarecer tudo isso... primeiramente quero pedir desculpas para todas as pessoas envolvidas no livro! Nunca passou por minha cabeça que esse livro poderia ser exposto assim. A minha intenção nunca foi essa! O livro na verdade era um diário onde eu registrei momentos felizes e cheios de prazeres... era somente isso um diário pessoal, tanto que ele não ficava guardado a sete chaves, fica apenas em minha cômoda. A pessoa que o pegou passou por cima de minha privacidade! E.... eu também quero pedir desculpas ao meus fãs, que certamente já leram à pág. 168... eu estava querendo contar para vocês, mas não era para ser dessa forma, estava esperando o momento certo... a pessoas certa. Então pessoa desculpas mais uma vez a todos meus seguidores e fãs! A minha acessória já abriu o processo para tirar os PDF das redes, e caçar o exemplar original. Peço no fundo do meu coração para que vocês não compartilhe e nem divulguem esses PDF... Por enquanto é isso... eu ainda estou assimilando tudo que aconteceu...certamente não é um dos meus melhores dias, mas vou ficar bem. Agradeço o apoio e o carinho de todos. Até logo!"

— "Pessoa certa"? — Quezia pergunta sentada ao meu lado na cama. — Foi uma declaração perfeita, mas não me entenda mal....

— Eu li o que estava no script. — digo a interrompendo... — Coisa da Lilith, ela que deve ter montado isso.

Dou de ombros, ainda deitada fitando o teto. Depois que a advogada foi embora eu gravei o vídeo, um tempo depois Quezia chegou querendo ser meu apoio emocional.

— É ficou bom. — ela diz deixando esse assunto de lado. — O que vai querer fazer hoje? Cinema? Praia? Parque?

Mesmo que eu queira muito sair desse lugar, não sei se é uma boa ideia andar por aí. Não que eu seja muito famosa, mas com essa polêmica toda corro o risco de ser reconhecida. Ou pior sair com Quezia pode só aumentar as polêmicas.

— Não sei se é uma boa ideia, mas.... — Me levanto para olhar em seus olhos. — No momento, qualquer coisa vale para sair desse apartamento.

Ela me olha contente como se tivesse ganhado em um jogo de azar.

Caminho pela praia sentindo a areia tocar os dedos de meus pés livres. O vento está frio, assim com a temperatura está baixa. Meu casaco mal me esquenta e a sensação da areia em meus pés não dura por muito tempo, já que o frio vence e eu causo os sapato.

— Voltei! — Quezia fala se aproximando de mim com dois cafés em mãos. Ela me entrega um.

Continuo andando como se a praia não tivesse fim, como se toda essa areia fosse me levar para algum lugar, longe de tudo. Levo o café na boca sentindo o calor tomar meu corpo.

— Eu estou aqui... — ela fala ao meu lado olhando o mar se quebrar na areia. Quezia e eu evitamos falar de sentimentos profundos, mas sempre deixamos bem claros uma para outra que estamos aqui se for preciso. É o que eu mais admiro em nossa amizade.

— Você sempre está. — comento sorrindo.

Ela retribui o sorriso, mas mantem o silêncio.

— Acho que eu não sei jogar xadrez. — digo e recebo um olhar confuso. — Eu vou perder tudo... você melhor do que ninguém sabe o quanto eu lutei para chegar aqui, e por causa de um maldito livro, acabou. — Sinto as lágrimas me sufocar, mas me nego a chorar. Não em público!

— Isso é porque você nunca jogou xadrez comigo. — ela menciona tentando me animar com sua risada suave, como um bombeiro apagando o fogo, mas esse incêndio é maior que ela. — A fama tem um preço Karina... e eu odeio ver você tendo que pagar por ele. Eu juro que se eu pudesse eu matava todo mundo que está te atacando, sem nem se quer pensar nas consequências! Eu odeio te ver chorar... eu te amo... eu te estresso muito, mas te amo muito mais.

Desejo ObscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora