Assim que adentro a casa de Lilith o seu perfume invade meu olfato. Noto meu corpo responder a sensação em um arrepio persistente. Aproveito sua ausência na sala e subo as escadas tentado fazer menos barulho possível. Ela tem o direito de sumir e eu tenho o direito de não querer ser notada. Adentro meu quarto e escoro a porta atrás de mim, mas para minha completa infelicidade a advogada tem um bom olfato ou audição. Não demora muito para a porta de meu quarto se abrir lentamente.
— Você chegou. — ela fala se aproximando.
Meus olhos encontram os seus e logo descem pelo seu corpo seminu. Ela veste um robe preto não tão longo, mas tampa até a polpa de sua bunda. A lingerie por baixo preta entrega sua má intenção.
— Infelizmente. — digo com desdém indo para o banheiro do quarto.
Escuto seu passos pesados me seguirem.
— Nossa minha presença te deixa infeliz?
— Que presença, Lilith?! — Paro na porta do banheiro perdendo a paciência. — Se eu me lembro bem, sua ausência foi tudo que eu tive nessa última semana.
— Eu estava trabalhando. — ela menciona tentando se defender, mas seu corpo vacila quando sua mão aperta seu dedo inconscientemente.
Sorrio sentindo a raiva me consumir ao notar que ela está mentindo na minha cara.
— Claro! Porque para você eu só um ótimo adereço. Você usa quando quer e descartar sempre que puder.
— Não! — Ela aumenta o tom.
— Não? — questiono irônica, sentindo as risadas sair por minha boca sem consentimento. — Então me fala onde você estava na noite em que dormiu fora semana passada?
Ela engole seco, como quem teme a verdade.
— Foi o que pensei. — digo pronta para fechar a porta, mas sua mão bate contra a porta impedindo que eu a feche.
— Não! Não é o que você pensou...
— Você nem sabe o que eu pensei.
— Há eu sei sim. Eu sei que você me viu conversado com Dante pelo celular. Eu sei o que você ouviu e sei exatamente o que você concluiu. Eu fui encontrar ele naquela noite para colocarmos um fim na obsessão dele por mim, mas eu não dormir na casa dele. Pelo contrário eu passei a noite em um hotel.
— Por que? — é tudo que consigo dizer, sentindo a vergonha pele ciúmes obvio me tomar, mas é claro que isso não explica a ausência dela nessa semana.
— Eu estou investigando um caso em particular nessas últimas semanas, fiquei no hotel esperando um informante.
Meus olhos caem sobre sua mão discretamente, mas ela não está apertando os dedos, porém isso não afirmar que ela esteja falando a verdade completamente.
— Poderia ter avisado, não acha.
— Eu sei, me desculpa por isso. — ela diz aproximando alguns passos de mim.
Sinto meu corpo se esquentar com sua proximidade. Ela sabe como deixar rendida e sabe exatamente como afastar uma briga. Assim que seus dedos frios encosta em meu pescoço se arrastando lentamente em minha pele. Todo meu ódio se torna desejo.
Puxo seu corpo para mais perto do meu. Meus lábios rosam em sua boca lentamente, luto contra a razão que implora para eu sair daqui, mas me sinto entre o desejo e o ódio...
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Desejo Obscuro
FanfictionUma escritora se encontra em ruínas após um vazamento de um livro proibido, que supostamente seria seu diário relatando suas experiências sexuais. Ao contratar a melhor advogada da cidade, vulgo advogada do Diabo, sua vida se torna mais caótica. Ent...