Até que ponto o amor pode nos levar? Enfrentar uma mulher com uma obsessão por você, sem nem se quer temer o que pode acontecer. Até que ponto o amor pode nos levar? Ao ponto deu saber que a amo, pelo fato de não me importa com essa obsessão. Porque se for levar em consideração, isso tudo se tornou o mais puro e insano desejo obscuro.
Eu também a amo!
Encaro meu reflexo no espelho. O vestido vermelho que se estende até minha coxa, com um leve decote em meio seio e duas finas alças sustentando. Lilith chegou a um tempo, pude escutar ela se mover em passos fundos até seu quarto, provavelmente para se arrumar.
Desço as escadas e vou até a cozinha. Abro a geladeira e pego a taboa de frios que comprei antes de vir para cá. Noto que a um vinho sobre a mesa, ela não se esqueceu de nossa comemoração. Caminho até a sala posicionado o vinho e a taboa lado a lado. Volto e busco duas taças e o saca-rolha.
Me sento no sofá e antes que eu posa olhar pegar o celular a figura de Lilith surgir na beira da escada. Ela veste uma saia de couro preta, e uma blusa branca de manga, que deixa avista seu decote nítido por baixo do pano. Seus cabelos soltos realça seus olhos escuros que me fitam como uma presa fácil.
— É Deus no céu e você na terra, minha deusa. — comento sem tirar os olhos do seu corpo muito bem traçado e marcado pela roupa bem justa.
Ela sorri se aproximando com um envelope amarelo e a pasta preta do contrato que lhe entreguei mais cedo em mão, provavelmente coisa de serviço. Ela vive enviando foto de documentos pelo celular.
— Obrigada, mas é você que me interessa essa noite. — Seu tom de voz soa arrastado, e me pergunto se a noite passada não a sacio.
— Claro. — digo me lembrando das revelações de Rafael; da lembrança ofuscada na noite da balada, apesar de longe reconheço aquela voz agora. — Quer vinho?
— Sempre. — Ela aceita se sentando ao meu lado no sofá.
Abro o vinho e sirvo as duas taças.
— Aqui está o contrato. Está tudo certo nele. — ela fala me entregando a pasta preta de baixo do envelope amarelo.
— Obrigada! — Pego o contrato e leio as partes principais que ela marcou. — Pego a caneta que está dentro da pasta e assino.
Guardo o contrato na pasta e coloco de lado na mesa.
— Um brinde a você, princesa! Que esse seja o primeiro de muitos contratos milionários que você vira assinar.
Estendo a taça até ela aceitando o brinde.
Dou um gole em seguida, caçando coragem para começar...
— Minha vez! — digo ganhando sua atenção. — Um brinde a Lilith Cooper, advogada do Diabo e minha fã número um.
Ela dá um gole no vinho me olhando desconfiada. Coloco o vinho sobre a mesa e ajeito minha postura. Então digo fitando seus olhos intensos:
— Achou mesmo que eu não iria descobrir, ou só pensou que esse jogo de segredo é gostoso?
— A segunda opção. — ela responde com um sorriso sacana no rosto colocando a taça sobre a mesa. — Eu sei o que o Rafael te disse, mas como você chegou até ele?
É claro que naquele desespero todo ele ia acabar falando para ela sobre nosso encontro.
— O quadro em seu quarto. Eu estava bem alta naquela noite, mas até as memorias mais borradas ainda são lembradas. — respondo sorrindo.
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Desejo Obscuro
FanfictionUma escritora se encontra em ruínas após um vazamento de um livro proibido, que supostamente seria seu diário relatando suas experiências sexuais. Ao contratar a melhor advogada da cidade, vulgo advogada do Diabo, sua vida se torna mais caótica. Ent...