Prólogo

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Sou psicóloga e sempre gostei de ajudar meus pacientes a se manterem felizes e mentalmente saudáveis. Foi esse propósito que me levou a escolher minha profissão. No entanto, senti-me uma farsa quando percebi que nem eu mesma conseguia me manter assim após o rompimento do meu relacionamento de longa data. Sempre acreditei que, para ser uma profissional excelente, deveria estar bem comigo mesma antes de fazer alguém acreditar que poderia ajudá-lo a alcançar o mesmo.

Porém, depois do ocorrido, minha saúde emocional ficou abalada. Passei a cancelar várias sessões com medo de influenciar meus pacientes de maneira negativa, fazendo-os considerar atitudes que, em circunstâncias normais, eu jamais julgaria adequadas. Meus pensamentos estavam mais intrusivos do que nunca, e eu temia que, durante uma consulta, eles tomassem conta de mim.

Tentei me distrair com meus inúmeros livros de romance e as séries de drama coreano que tanto amo, mas nada parecia surtir efeito. Sempre acabava revivendo o dia em que meu relacionamento foi destruído e que a traição ocorreu dentro de meu próprio quarto com uma das minhas amigas. Foi então que, enquanto assistia a Médicos em Colapso, uma ideia me ocorreu. Por alguns segundos, refleti e decidi: eu iria para a Coreia do Sul. Antes, porém, organizaria tudo no Brasil e convidaria minha melhor amiga para ir comigo, já que compartilhamos uma paixão pela cultura, pelas músicas e pelos dramas coreanos.

Depois de acertarmos os detalhes no trabalho, partimos para a Coreia com um único objetivo: nos divertir e esquecer, ao menos por um tempo, como minha vida havia virado de cabeça para baixo em questão de dias.

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