Capítulo 2

127 11 0
                                        

Depois de horas e mais horas andando pelos lugares, paramos em uma churrascaria e resolvemos jantar, conversando sobre tudo o que fizemos durante o dia. Ficamos ali por um tempo até decidirmos ir para o hotel, pois já não aguentávamos mais andar e estávamos muito cheias.

Chegando ao hotel, nos preparamos para dormir, mas antes disso conversamos um pouco sobre nossos novos empregos.

- Amanhã começamos em nossos novos empregos, soube que a clínica onde vou trabalhar é bem famosa aqui e recebe até celebridades - começo a dizer, feliz e já imaginando como vai ser.

- Uau, na clínica de estética onde vou trabalhar também! Fiquei sabendo que vários atores e atrizes de doramas já foram lá. Estou louca para ver um deles - ela fala muito animada.

- Bia! - viro-me para ela com um olhar de repreensão. - Lembre-se de que aqui eles são muito conservadores em questão de privacidade, não vai ficar em cima deles, pelo amor de Deus!

-  Ah, me poupe do sermão! Eu não vou ficar em cima de ninguém, sua rabugenta - ela me olha, fazendo bico. - Até parece que, se o Suga aparecesse no seu trabalho, você não surtaria horrores.

- Eu sou uma profissional - digo com ar de quem sabe o que está falando.

- Sei diferenciar meu trabalho da minha vida pessoal. Se ele aparecesse, iria tratá-lo como um paciente normal... Mas, por dentro, com certeza estaria surtando MUITO. Você sabe que ele é meu utt, e qualquer fã entraria em colapso se visse aquele homem de perto. Eu também não sou de ferro.

- Ha! Eu sabia! - ela me aponta o dedo com um olhar incriminatório. - Você só sabe esconder bem seus sentimentos, mas por dentro sei que tem uma fã louca por aqueles homens, assim como eu - Bia começa a rir de mim.

- Ha ha ha, engraçadinha. Vamos dormir, que amanhã temos que acordar cedo. Nossa vida na Coreia começa oficialmente amanhã! - falo muito entusiasmada.

No dia seguinte...

Logo de manhã, vou para o trabalho e sou apresentada ao resto da equipe da clínica. Na hora do almoço, me encontro com Bia para conversarmos sobre como foi o começo do nosso primeiro dia. Depois de comer, voltamos ao trabalho.

À noite, chegando ao hotel, conversamos sobre o restante do dia enquanto esperamos a comida.

- Bia, você não vai acreditar! - começo a falar toda feliz e animada.

- Minha sala é enorme e muito linda! Eu amei cada detalhe. Hoje atendi três pacientes de diferentes lugares: um estrangeiro que veio dos Estados Unidos, um que veio do Japão e um coreano. Até que me virei bem no coreano, apesar de nunca ter falado com um nativo pessoalmente antes.

- Que legal, Liz! Eu atendi uma coreana muito bonita hoje e fiquei até triste porque ela queria fazer a cirurgia para ter as pálpebras duplas - ela me olha com o semblante triste.

- E eu aqui querendo ter os olhos "puxados", que acho um charme nos asiáticos, mas fazer o quê, né? Sou paga para isso...

- Que triste... - olho para ela, querendo confortá-la.

- Nós sabemos como os coreanos são fissurados em procedimentos estéticos e com o padrão de beleza em si. Um dos pacientes que atendi hoje estava com depressão por achar que não se encaixa no padrão da sociedade. Foi o paciente que mais me deixou triste em atender.

Nesse momento, a campainha toca.

- Agora chega de falar sobre isso, porque nossa comida chegou! - vou até a porta para pegar nosso pedido.

Depois de comermos, vamos para a cama e pegamos no sono bem rápido.

Amygdala Onde histórias criam vida. Descubra agora