Capítulo 6

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Os dias seguintes à festa da Cat foram para mim, dias completamente esgotantes. Posso não ter feito praticamente nada, mas James e Anne nunca mais se calavam com o que se tinha passado nesse dia, como se algo de grave tivesse realmente acontecido.

Anne não parava de me falar de Liam, e isso trazia consequentemente, Niall à conversa. Ela fartava-se de me perguntar sobre ele e eu como óbvio, nada sabia. Mas outro tema falado era também o facto de eu ter entrado misteriosamente com Louis no bar, com o seu casaco vestido. James também não parava de me fazer a mesma pergunta e eu sentia-me todas as vezes constrangida, pois pelo que parecia, Louis era o melhor amigo de James.

Para além de ter toda a gente a fazer-me perguntas sobre aqueles dois rapazes, de quem eu nunca mais soube nada, ainda tinha a minha cabeça que não parava de pensar em Louis e Niall.

Niall era realmente um bom rapaz, e eu julguei-o mal no nosso primeiro encontro no supermercado. Ele passara a noite quase toda comigo, e eu realmente me divertira imenso com ele, mesmo tendo-o conhecido apenas naquele dia. E eu não conseguia esquecer esse gesto que ele teve comigo. Mas por outro lado, o que realmente não me saía da cabeça, era Louis, eram os seus olhos, o seu rosto, a sua voz. Cada vez que eu pensava nele, tinha como consequente todos aquelas coisas estranhas que eu sentira nesse dia quando o mesmo me olhava, me falava ou até me tocava. Aqueles olhos azuis prenderam-se na minha cabeça.

E por muito que eu tentasse evitar admitir, eu estava mortinha por voltar a colocar os meus olhos sobre ele, eu estava pronta para voltar a sentir todas aquelas coisas estranhas. E eu sabia, infelizmente sabia o que isso significava. Não que eu estivesse apaixonada, mas eu sabia que estava a começar a pensar em alguém mais do que o que eu devia. Eu estava a fazer tudo o que sempre disse que nunca iria mais fazer. Pensar em alguém.

Sento-me na ponta da minha cama e acabo por me deixar cair sobre a mesma quase logo.

Eu não sabia bem como reagir a isto tudo. Era come se tudo fosse novo para mim, como se eu não soubesse bem o que fazer, como se estivesse perdida. Mas eu sentia-me bem comigo mesma, apesar de tudo. Eu sentia-me nova. Eu sentia-me feliz.

O meu telemóvel toca em cima da minha pequena secretária e eu corro até ele para poder atender a chamada rapidamente.

- Estou?

- HEYYYYYY! - A voz de Anne soa do outro lado do telemóvel.

- Olá, Anne!

- Anda para minha casa, por favor, por favor, por favor. Estou farta de estar sozinha em casa. - Anne implora-me e eu sorrio mentalmente.

- O teu irmão não está aí?

- Não, o cobarde saiu com uma amiga e deixou-me alone.

- Daqui a 10 minutos estou em tua casa.

Anne concorda e eu desligo o telemóvel, guardando o mesmo no bolso das minhas calças e saindo do meu quarto. Desço lentamente as escadas de minha casa e calço as sapatilhas que tenho como mania deixar na entrada de casa, saindo de seguida da mesma e fechando a porta de casa como deve de ser.

Percorro o caminho até casa de Anne em menos de 10 minutos e quando lá chego, vejo um carro cá fora que nunca tinha visto. Fico admirada, primeiro porque pensei que Anne estava sozinha e segundo porque não sabia que alguém da sua família tinha trocado de carro. Toco receosa então à campainha de casa de Anne e ouço a sua voz do outro lado da porta dizendo um já vou.

Anne abre quase logo a porta e recebe-me com um enorme abraço. Entro dentro da casa que não me era nada desconhecida e começo a subir as escadas de sua casa para ir para o seu quarto, mas Anne interrompe-me.

The age between us | L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora