Capítulo 18

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O seu olhar preso no meu fazia o meu coração bater de uma forma tão acelarada que parecia que o mesmo me iria sair pela boca a qualquer momento, assim como o ar da sua respiração que me batia na pele e me provocava leves arrepios que eram mais do que agradáveis. O toque das suas mãos tanto na minha cintura como na minha bochecha, faziam-me sentir segura mas sobretudo desejada, principalmente quando os seus lábios macios colidiram pela primeira vez com os meus e se envolveram num beijo que para mim era uma coisa única. Uma mistura de sentimentos. Um beijo com desejo, com paixão, um beijo com carinho. A sua mão na minha cintura, empurra-me levemente para ele, e a sua língua por fim pede-me para lhe ceder passagem até à minha boca. E nessse momento, eu pude dizer o quão feliz eu era. E que nada mais neste mundo me poderia fazer mais feliz do que isto. Do que este simples beijo que eu desejei mais do que qualquer outra coisa.
Sinto o ar começar a falhar e eu afasto-me lentamente dele, deixando rastos de pequenos beijos nos seus lábios, assim como nas suas bochechas.
Ele sorri. Ele sorri mostrando aqueles seus dentes brancos que eu tanto adoro ver e eu sinto a minha cara ficar avermelhada. Aterro então a minha cabeça sobre o seu peito e o mesmo abraça-me apenas com um braço, deixando a outra mão livre para a poder enterlaçar com a minha.
Eu estava a viver o sonho da minha vida desde que lhe coloquei os olhos em cima, desde que eu posso dizer me sentir perdidamente apaixonada por ele.
Sinto-o feliz, o que me faz olhar para ele e vejo que me encara também. Tão próximos novamente, as borboletas começam a ser algo inevitável e a vontade de repetir tudo pela primeira vez cresce de uma forma tão intensa em nós dois, que ele agarra a minha cara e recomeça tudo de novo. Uma nova mistura de sentimentos acontece e eu sinto-me no paraíso, apenas por sentir o sabor da sua boca.

- Marian! - uma voz inconfundível chama por mim. - Marian!? - Sinto um enorme abanão e acordo saltando do banco onde estava sentada.

- Mãe? - olho ainda meia atordoada para a minha mãe que se encontrava de pé a meu lado.

- Filha, nós já chegamos... - Recebo a informação pela qual tenho esperado por horas e ainda meia tonta por causa do sono, levanto-me e sigo os meus pais para fora do avião que acabava de aterrar na Califórnia.

Sinto o meu corpo todo transpirado e a memória do sonho que acabara de ter não me saía da cabeça, fazendo-me distrair de tudo aquilo que eu deveria estar atenta.

Na verdade, não consigo perceber como pude sonhar com Louis depois de tudo, não sei simplesmente porque é que ainda continuava a pensar nele e porque continuava a desejá-lo mais do que qualquer pessoa no mundo.

- Marian, olha a tua mala! - A minha mãe tenta arrastar-me para fora do meu pequeno mundo e eu vou a correr atrás da mala que já estava a voltar para trás.

Pego na mesma, meia atrapalhada e deixo-a rolar no chão à medida que a puxo, voltando para a beira dos meus pais e saindo do aeroporto.

A viagem até minha casa não demorou muito e logo aquela pequena nostalgia se instalou em mim. Eu não gostava de cá voltar por diversas razão, mas sempre sentia saudades da minha primeira casa, do meu primeiro quarto, da minha pequena vizinhança.

O meu pai estaciona o carro alugado em frente à nossa casa e eu saio do carro quase logo. Dou uns pequenos passos em frente e logo me coloco a observar a casa que eu já não via a algum tempo.

- Filha... - A minha mãe coloca uma mão no meu ombro fazendo-me olhar para a mesma. - Anda ajudar a levar as coisas para dentro.

Aceno para a mesma e depois de dar uma olhadela rápida novamente na minha casa, vou até ao carro onde vejo o meu pai a tirar as malas do mesmo e pego na minha começando a ir em direção à porta principal.

The age between us | L.T.Onde histórias criam vida. Descubra agora