O Começo de Uma História

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Dia 1 de Agosto, Segunda-Feira, 5:00 da Manhã.

Nunca gostei de aeroportos, eles me lembravam um passado difícil.

Eu havia concluído finalmemte o que tinha me levado até aqui, então podia finalmente voltar pra casa. 10 anos fora já foi tempo demais. Será que ainda lembrariam de mim?

Toronto foi importante pra mim como pessoa, mas o lar onde meus amigos e família estavam era mais importante.

Yumenoroi a Cidade dos Sonhos e Utopias, uma colônia oriental no meio do Canadá que ficava a mais ou menos umas 3 horas de avião de Toronto.

Era um lugar muito tradicional e com uma união dos costumes, tendo até no final do ano o Festival dos Sonhos, mas essa explicação fica pra outra hora.

Talvez eu tenha ficado muito ansioso e acordei cedo demais, até que foi bom, consegui garantir uma boa posição pra esperar.

Me sentei e na mesma hora meu telefone toca.

- John? Já acordou? Comeu bem?

- Sim mãe eu já acordei, estou no aeroporto e comi bem.

- Sério?! Tem uma previsão de quando vai chegar?!

- Talvez 8 ou 9 da manhã.

- Sai as 6?

- Claro, cheguei cedo mais pela ansiedade.

- Certas coisas nunca mudam não é?

- Prefiro que não mudem.

- Boa viagem filho.

- Obrigado mãe.

Essa era minha mãe, Eliza Bethet Everman. Uma mãe preocupada e que não via o filho a mais ou menos 6 anos.

Eles perderam minha formatura por problemas que não quiseram me contar.

Desligo o telefone e apenas aguardo ser chamado ao meu guichê.

6:10 da Manhã.

Após um longo processo, eu estava no avião, era estranho eu não ter encontrado nenhuma criança chorona aqui.

Coloco meus fones e me ajusto para adormecer enquanto ouço uma música.

Mas acho que minha cabeça não estava concentrada na música...

"Como assim você vai embora?!"

"É, meus pais disseram que vou estudar em outra escola, longe daqui."

"Por quê?!"

"Não sei..."

"Quando vai voltar?"

"Talvez daqui uns 5 anos..."

"Então quando voltar, se eu não te reconhecer, me lembre de quem você é!"

9:00 da Manhã.

Acordo com o baque do pouso e um bebê chorando que eu não tinha notado que estava ali.

Suspiro aliviado e contente.

Descendo no aeroporto, eu tinha uma lembrança dele um pouco menor.

- E ai campeão! Bem-vindo de volta.

Vejo um homem alto, de cabelos negros e olhos castanhos, uma camisa florida vermelha, uma bermuda bege e sandálias marrons. Esse era meu pai, Mark Everman Bethet.

- Você parece mais alto.

- Tem certeza de que cresceu algo nesses 8 anos?

- Claro que tenho pai.

Uma Cor Para as PáginasOnde histórias criam vida. Descubra agora