A Página Rosa-Fumê

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Dia 18 de Setembro, Domingo, 8:00 da Noite.

- Como foi avisar ao seu pai que não voltaria mais?

- Nunca vi ele daquela forma, parecia que morreria se eu fosse embora.

- Não sou a favor de você deixar seu pai sozinho naquela casa nesse momento, mas entendo os motivos que a levaram a tomar essa decisão. - Albert se manifesta.

Mia observava o relógio atentamente.

- Você morre por dentro vendo o tempo passar não é?

- Claro que não!

- Uma coisa que entendo bem são adolescentes, tão perdidos em seus próprios sentimentos...

- Mãe! Respeita o espaço da nossa visita!

- Ela já parece super confortável na nossa casa.

- Anna tem razão querida, não seja tão intrusiva, pode a deixar desconfortável.

- Tãoooo chatos... mas ei, você curte muito ficar ao lado do John não é?

Mia não sabia como responder a pergunta.

- Tipo, de amar muito ele. - Emma complementa.

- Eu ouvi isso ok?!

- Você ainda não foi embora?!

- Eu tô apoiando minha amiga aqui mãe!

- Que família mais pacífica... - Albert terminava tranquilamente sua xícara de café.

- Melhor a gente subir, assim podemos conversar com mais privacidade...

8:10 da Noite.

- Você parece tão quieta depois daquilo, sei que minha mãe é meio doida e fala coisas sem sentido, não precisa levar a sério.

- Ela parece ter razão, me sinto tão perdida nos meus sentimentos...

- Você não estava toda decidida a uns dias atrás e agora mudou totalmente de idéia garota! Sei que você está passando por um momento difícil mas ela quer ver você seguir em frente e finalmente assumir seus sentimentos e buscar a sua felicidade!

- Agora é tão difícil...

- Para de falar desculpas! Agora é a hora pra você correr atrás da sua felicidade.

Aquelas palavras pareciam tão duras que até Anna se sentiu mal logo após pronuncia-lás.

- Não estou dizendo que você deveria se agarrar a ele, mas vejo como a única opção nesse momento para a sua felicidade.

- Não preciso de um homem para ser feliz.

- Seu corpo diz que não, agora seu coração diz algo totalmente diferente.

8:30 da Noite.

- Achei ser uma boa idéia.

- Sinto muito não corresponder suas expectativas.

- Não vou te obrigar se não quiser.

- Melhor deixar ela pensar um pouco sozinha, não vai ser eu quem vai influenciar o pensamento dela.

- Não somos os certos nessa história, mas também não somos os errados.

- Então o que somos?

- Talvez um meio termo.

Essa resposta não me pareceu muito convincente.

"Ei John, quando foi a última vez que se sentiu leve?"

Uma Cor Para as PáginasOnde histórias criam vida. Descubra agora