Entrelaçados em fogo e sangue: a união de Daemon e Daenerys

Capítulo 3: O Pesadelo de Daemon

Daemon despertou no meio da noite, envolto em um suor frio que contrastava com o calor abafado do quarto. Seu coração martelava descontrolado no peito, ecoando os resquícios de um pesadelo vívido que ainda dançava em sua mente.

No turbilhão de sua imaginação, ele se viu de volta a um lugar que há muito tempo havia tentado esquecer: a Baixada das Pulgas. As ruas estreitas e imundas, infestadas de miséria e desespero, ecoavam com os sons distantes de gritos e lamentos. O cheiro acre de excrementos e podridão impregnava o ar, sufocando-o com sua intensidade repugnante.

Daemon se viu cercado por sombras, cada uma delas um eco de seu passado sombrio. Fantasmas de suas escolhas erradas, de suas batalhas perdidas e de seus demônios internos o assombravam, arrastando-o para um abismo de desespero e arrependimento. Ele lutava contra as correntes invisíveis que o prendiam, clamando por redenção em um mundo que parecia determinado a vê-lo sucumbir.

Ouviu vozes distantes, murmúrios sinistros que ecoavam em sua mente como um eco sussurrante do passado. Imagens fragmentadas dançavam diante de seus olhos, rostos distorcidos pelo sofrimento e pela dor. E no centro de tudo, uma figura sombria e ameaçadora, cujos olhos brilhavam com uma intensidade aterrorizante.

Um grito rasgou a escuridão, ecoando como um lamento solitário no vazio da noite. Era o grito de um homem, um eco desesperado de agonia e desespero. Daemon reconheceu a voz como sua própria, um eco distorcido de sua dor e angústia. Ele se viu correndo pelas ruas estreitas da Baixada das Pulgas, perseguido por sombras sinistras que se contorciam e se contorciam em sua esteira.

E então, de repente, ele estava de volta ao presente, envolto na escuridão reconfortante de seus aposentos em Meereen. Seu coração ainda batia descontrolado, mas o pesadelo havia dissipado, deixando para trás apenas uma sensação residual de medo e ansiedade.

Com um suspiro profundo, Daemon ergueu-se da cama, os lençóis enrolados em torno de seu corpo suado. Ele caminhou até a janela, olhando para fora para a cidade adormecida além das muralhas do palácio. As estrelas cintilavam no céu noturno, lançando sua luz pálida sobre as ruas vazias e silenciosas.

Aos poucos, a calma da noite começou a acalmar os nervos de Daemon, dissipando os vestígios do pesadelo que o assombrara. Ele respirou fundo, tentando afastar as lembranças perturbadoras que ainda o assombravam. Mas mesmo enquanto lutava para recuperar sua compostura, uma sensação de inquietação persistente permanecia em seu coração.

Decidido a afastar os fantasmas de sua mente, Daemon vestiu-se rapidamente e saiu silenciosamente de seus aposentos, as sombras da noite envolvendo-o em seu abraço acolhedor. Ele desceu os corredores do palácio, seus passos silenciosos ecoando nas paredes de pedra enquanto ele se dirigia para o desconhecido além.

À medida que se aproximava das áreas mais movimentadas do palácio, Daemon teve que se esgueirar pelas sombras, evitando os olhares curiosos dos guardas que patrulhavam os corredores. Sua mente estava mergulhada em pensamentos turbulentos, sua determinação inabalável apesar das dúvidas que o assaltavam.

Finalmente, ele emergiu para além das muralhas do palácio, adentrando os confins sombrios da cidade adormecida. As ruas estavam desertas àquela hora da noite, o silêncio interrompido apenas pelo ocasional latido de um cão distante ou pelo eco de passos solitários ecoando nas ruas vazias.

Guiado por uma força interior que ele não conseguia entender, Daemon seguiu em frente, cada passo o levando mais fundo na escuridão da noite. Ele conhecia o terreno, cada rua e beco uma lembrança familiar de seu passado em Westeros.

À medida que caminhava pelas ruas desertas, uma sensação de déjà vu o envolveu, como se estivesse revivendo momentos há muito esquecidos de sua vida anterior. E então, de repente, ele se viu diante de uma rua estreita e sombria, as sombras dançando ao redor dele como espectros do passado.