Entrelaçados em fogo e sangue: a união de Daemon e Daenerys

Capítulo 9: Tramas Noturnas

Daemon estava pronto para sair do castelo junto com Verme Cinzento para investigar o que estava acontecendo com os soldados. Ele sabia que era essencial conhecer todos os aspectos que estavam a seu favor na cidade de Meereen. Enquanto caminhava pelo pátio do castelo, ele sentiu alguém o encarando e imediatamente procurou pela fonte desse olhar. Seus olhos encontraram Daenerys observando-o de cima.

Ela parecia estar vestida com sua habitual elegância, mas Daemon notou uma certa perturbação em seus olhos, uma expressão de preocupação que não passou despercebida por ele. Ele sentiu o impulso de ir até ela, de perguntar o que a afligia, mas sabia que tinha afazeres a cumprir e que o momento não era oportuno para uma conversa íntima.

A troca de olhares foi interrompida quando Verme Cinzento o chamou para que partissem.

hora de irmos", disse Verme Cinzento, sua voz breve e direta. Ele lançou um olhar significativo em direção ao portão da cidade, indicando a urgência da missão.

Daemon se virou e o seguiu, mas a imagem de Daenerys permaneceu em sua mente, alimentando uma crescente preocupação em seu próprio coração.

Enquanto seguia Verme Cinzento pelas ruas de Meereen, Daemon sentia uma inquietação crescente se infiltrando em seu peito. O pensamento angustiante de que poderia nunca mais ver Daenerys novamente o assombrava, ecoando na escuridão de sua mente como um eco sombrio do passado. Ele temia que, assim como aconteceu com Rhaenyra, eles pudessem ser separados pelo tempo de alguma forma inexplicável, destinados a vagar em épocas diferentes sem esperança de se reencontrarem.

A menção de sua esposa o fez recordar que não tinha mais sonhos com ela. Em vez disso, era assombrado apenas pelo último pesadelo de sua morte, um evento traumático que se repetia incessantemente em sua mente. Da mesma forma, os sussurros que costumavam ouvir, os murmúrios da voz de sua esposa, também haviam cessado há pouco tempo. Ele se perguntava se ela ainda estava lá, em algum lugar além do alcance de sua compreensão, guiando-o silenciosamente através das trilhas sinuosas do destino.

Esses pensamentos sombrios o envolviam enquanto ele avançava pelas ruas sombrias de Meereen, sua determinação sendo testada pela ameaça latente da perda. No entanto, ele sabia que não podia se deixar sucumbir ao medo e à incerteza. Ele tinha uma missão a cumprir, uma rainha para proteger e um mistério para desvendar.

Enquanto Daemon e Verme Cinzento caminhavam pelas ruas movimentadas de Meereen, o silêncio entre eles era quase palpável. Daemon percebia a natureza calada de Verme Cinzento, uma característica que contrastava com sua própria disposição extrovertida.

"Você sempre foi tão quieto?", perguntou Daemon, buscando quebrar o silêncio desconfortável que pairava sobre eles.

O Imaculado lançou-lhe um olhar sereno antes de responder com sua voz grave e medida: "Sim, senhor. Fomos treinados para sermos assim. A disciplina é uma parte fundamental de nosso treinamento."

"Disciplina", murmurou Daemon, ponderando sobre a palavra. "É interessante como a obediência pode ser tão valorizada em certos contextos."

Verme Cinzento assentiu, sua expressão impassível. "Nós fomos criados para obedecer, para seguir ordens sem questionar. É o que nos torna Imaculados."

"Eu entendo", disse Daemon, lembrando-se das conversas que tivera com Missandei sobre os Imaculados e sua devoção à rainha Daenerys. "Mas há uma diferença entre obedecer e ser leal. No dia em que a rainha os comprou, ela os libertou. Agora, vocês são mais do que apenas soldados obedientes. Vocês são leais a ela."

Verme Cinzento assentiu solenemente. "Sim, senhor. Somos leais à rainha Daenerys. Faremos qualquer coisa para protegê-la."

As palavras de Verme Cinzento ressoaram em Daemon, e ele sentiu uma onda de aprovação. Era reconfortante saber que os Imaculados não apenas obedeciam à rainha, mas também estavam dedicados a ela de todo o coração. Era uma lealdade que ele admirava e respeitava profundamente.