Desentendimento

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Acordei com batidas fortes na porta do quarto, não sabia que horas eram

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Acordei com batidas fortes na porta do quarto, não sabia que horas eram. Meu rosto ainda estava inchado de choro, esfreguei minha face para disfarçar um pouco e logo me ergui da cama.

Fui até a porta e respirei fundo, assim que abri a porta pude ver diante de mim Hinami parada de braços cruzados.

Hinami- Cadê?!

Itachi- O que?

Hinami- Cadê os meus remédios?!

Itachi- Fala baixo, quer acordar o resto da casa?

Hinami- Eu te fiz uma pergunta.

Itachi- Não sei do que está falando.

Hinami- Para de se fazer de sonso!

Itachi- Por que você acha que eu iria querer seus remédios?

Hinami- Você foi o único que me viu tomar eles e se questionou o motivo, pegou por não querer que eu tome mais.

Itachi- Eu não peguei seus remédios.

Na verdade sim... Mas ela não precisa saber disso.

Ela estalou a língua e logo entrou no meu quarto sem pedir licença, deixei que entrasse e logo suspirei me encostando na parede deixando que ela procurasse.

O jeito que ela falava comigo, era nítido que nutria um ódio mortal por mim. E com motivo...

Enquanto ela procurava eu apenas admirava, havia mudado bastante, me senti cativado por ela como sempre fui...

A garota estava visivelmente irritada, sinto muito meu amor, mas eu não vou deixar que continue se dopando, se precisar entrarei no quarto dela com frequência apenas para jogar todos fora.

Se passou um tempo que ela procurava e não encontrou nada, ela me olhou com raiva.

Itachi- Achou alguma coisa? -pergunto irônico.

Hinami- Vai pro inferno...

Ela se aproximou de mim me encarando nos olhos, embora quisesse demonstrar irritação, era como se não fosse isso o que realmente sentia.

Parecia querer fazer algo, mas logo suspirou desistindo e deu as costas para mim.

Hinami- Se você estiver no meio disso eu juro que irei descobrir!

Itachi- Então continue tentando, princesa. -falo na intenção de irritá-la.

Ao escutar ela logo se virou para mim com uma kunai em mãos, segurei seu braço e se não fosse por isso ela teria acertado meu pescoço.  Aquele era um apelido antigo que eu chamava ela, tenho certeza que queria esquecê-lo, ou ele trazia lembranças para ela.

Logo eu ri.

Itachi- Você parece bem disposta a me matar..

Hinami- Se entrar em meu caminho, quem sabe.

Itachi- Está tarde, não me parece uma hora muito boa para causar minha morte. Vá dormir, Hyuuga.

Empurrei seu braço levemente e logo ela se virou e saiu do meu quarto, ao fechar a porta eu logo tranquei e suspirei.

Meu coração doeu, ela realmente me odiava com todas as forças. Eu queria muito não me importar com isso, mas era impossível.

Só então senti o gosto férrico na minha boca e comecei a tossir, minhas pernas ficaram bambas e minha visão turva. Caí no chão enquanto tossia, o ar começou a me faltar, o chão já estava sujo de sangue e meu coração batia rápido.

Me rastejei pelo piso de madeira indo até a cama e me apoiei nela para me levantar, fui até meu banheiro e peguei uma caixa embaixo da pia onde eu guardava meus remédios, tomei eles e como mágica eu logo cai no chão desmaiando em seguida.

Abri meus olhos com a luz batendo em meu rosto, quando visualizei a situação eu logo me levantei, não me lembro do que aconteceu, mas me parecia obra da minha doença infernal.

Logo fui até o chuveiro e liguei ele, a água parecia me fazer relaxar quando na verdade o caos se estabelecia dentro de mim. Tudo vinha de uma vez e novamente eu estava chorando.

Me lembro nitidamente de quando eu era mais novo, mesmo sem saber tudo que se passava comigo, Hinami sempre esteve lá me apoiando, me ajudando em todas as minhas crises, ela nunca fez questão de entender nada, só queria estar presente sempre que eu precisasse. E só então eu fui lá e acabei partindo os laços com a única pessoa que jamais me abandonaria mesmo que o mundo inteiro estivesse contra mim, que me apoiaria em absolutamente tudo mesmo que estivesse errado e que me amava independente de qualquer coisa.

Se passou muito tempo após meu banho, só me levantei quando me senti pronto. Mascarei meus sentimentos e saí do quarto como o Itachi sério e rispido de todos os dias.

Fui até a cozinha e ao chegar eu me toquei que ninguém havia acordado ainda. Afinal era muito cedo.

Após me dopar de remédios eu estava com uma fome gigantesca, peguei os dangos que guardava na geladeira. Comecei a comê-los rapidamente como se estivesse há muito tempo sem comida quando na verdade não havia se passado nem doze horas.

Quando estava comendo alguém logo invadiu a cozinha parando na frente da mesa me olhando com desdém -era Hinami.

Parecia lutar contra si mesma e logo falou de uma vez.

Hinami- Hoje nós temos uma missão em um vilarejo que faz fronteira com Kirigakure, vamos ter que matar a família do líder deles e sequestrar um dos guardas, nós entregaremos ele para o Pain para que roube informações.

Assenti para ela e logo me levantei da cadeira.

Hinami- Não demore.

Não respondi, apenas subi as escadas e fui até meu quarto. Peguei o manto e logo coloquei ele.

Desci as escadas e ao chegar na sala ela me esperava no sofá, não parecia nenhum pouco contente por estar indo nessa missão comigo.

Parece que essa missão vai ser bem longa... E bota longa nisso.

𝑻𝒆 𝑭𝒂𝒍𝒕𝒂 𝑶́𝒅𝒊𝒐... | ᴵᵗᵃᶜʰᶦ ᵁᶜʰᶦʰᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora