Capítulo 16: Os próximos

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Imperial, Rio de janeiro
26 de junho

Pâmela falava sobre algo como Ensino teatral e expressão corporal, como encorpar e incorporar o personagem no teatro e como deveríamos passar essa transmissão para o público que está nos assistindo

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Pâmela falava sobre algo como Ensino teatral e expressão corporal, como encorpar e incorporar o personagem no teatro e como deveríamos passar essa transmissão para o público que está nos assistindo. Sei que eu deveria prestar atenção, sei que iria cair na prova futuramente, sei que teríamos prova prática disso, mas eu não conseguia me concentrar em absolutamente nada.

Minha cabeça rodava sem parar e meus olhos começavam a pesar, eu estava caindo no sono pela milésima vez ao dia.

—Sofia?— Ouço uma voz doce e delicada, mas estava muito longe, quase não ouvia direito. —Sofia, acorde!— Um estalar de dedos fez meus olhos abrirem imediatamente, era Pâmela, e ela me olhava com preocupação assim como todos da sala de aula.

Eu me levantei rapidamente da parede que eu estava escorada, meu coração acelerou por tamanho constrangimento e susto. Rebecca me olhava preocupada também, ela nem havia percebido que eu estava dormindo, nem eu mesmo havia percebido

Olhos medonhos e aterrorizados me olharam agora, pareciam hipnotizado por algo, era bizarro ser observada por aquilo. A sala ficou em câmera lenta, em silêncio e paralisados, só olhando para mim, eu me sentia péssima.

"O tempo está acabando. Tic tac tic tac"

Uma voz ecoava na minha cabeça, repetindo a mesma frase o tempo todo, eu estava começando a ficar tonta, tudo estava girando e então fechei os olhos.

Abro meus olhos de uma vez só, dando um pulo da cama, eu estava suando frio. Há muito tempo que eu não sonhava com algo, e sonhar com justamente isso era macabro, e esquisito, olhei no relógio e marcava nove da noite, eu estava atrasada.

Corri para colocar uma calça jeans e uma blusa de manga, estava esfriando a noite em imperial, e eu não queria passar frio. Bernardo com certeza já tinha ido, antes de sair consegui visualizar Heitor deitado no sofá da sala vendo algo, ele parecia triste, e muito mais acima do seu peso de como eu tinha visto ontem.

—Você está bem?— Pergunto baixinho para não acordar meus pais, o mesmo não move um músculo sequer.

—Hm, sim. Você sabia que eu engordei dez kilos?— Ele solta uma risada sem humor algum. —Que legal, a comida é um refúgio para os tristes e magoados...

—Você tem certeza que não quer vir com a gente Heitor? Você só tem até amanhã, já conversamos sobre isso.

Hoje era sábado à noite e todos nós concordamos que nos encontrarmos tarde da noite na praça de imperial para resolvermos o assunto de matar alguém. Sabemos que era real, e se não fizermos algo até domingo à noite, as coisas ficariam difíceis novamente, e Zana deixou bem claro antes de sairmos da sua casa naquela tarde, "busquem a ira, e fiquem em grupo, façam tudo o que é para ser feito, não percam mais ninguém de vocês. É a vida de inocentes em jogos."

Os Sete Pecados Capitais [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora