LIVRO 2 DA SAGA "OS GUARDIÕES"
Sophia era uma garota normal que vivia no centro do Rio de janeiro, fazendo sua faculdade de Artes com sua melhor amiga.
Até um trabalho de curta metragem dos sete pecados capitais fazer toda a diferença na vida dela e...
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Lá estava eu, parada diante dos portões maciços do manicômio, uma estrutura imponente e sombria que parecia se contorcer contra o céu cinzento. Os tijolos desgastados pareciam sussurrar histórias de desespero e loucura.
—Bem, parece que encontrei o destino perfeito para um encontro de pesadelos— murmurei para mim mesma, tentando manter o humor apesar da angústia que me apertava o peito.
As janelas gradeadas lançavam sombras sinistras, enquanto corvos gritavam acima, como se fossem os guardiões do caos contido dentro dessas paredes. Cada rangido dos portões parecia ecoar como um aviso, mas não havia volta.
Com um suspiro nervoso, entrei contra a minha vontade, deixando para trás a segurança do mundo exterior e o aconchego do meu lar.
Caminhando pelos corredores sombrios do manicômio, meus passos ecoavam como batidas de tambor. O ar estava carregado de uma sensação palpável de desespero, como se cada sombra escondesse um segredo terrível. Ao passar pelos quartos, pude ver rostos pálidos e vazios olhando para mim, seus olhos vazios transmitindo uma mistura de tristeza e loucura.
Alguns murmuravam para si mesmos, enquanto outros balbuciavam palavras ininteligíveis, perdidos em seus próprios mundos distorcidos. Minha respiração começou a ficar mais rápida, meu coração martelando no peito enquanto eu me sentia cada vez mais enredada na teia de loucura ao meu redor. Cada som, cada sombra, parecia conspirar para me sugar para dentro desse abismo de insanidade, e eu me perguntava se conseguiria encontrar meu caminho de volta à sanidade intacta.
Ainda não consigo acreditar que meu pai me deixou aqui. Em uma fachada no meio do local, estava escrito "Welcome to madness space", com algumas letras faltando.
Uma enfermeira na qual eu não consegui identificar seu nome no crachá, me levou até um quarto sem me dizer nada, ela obviamente não queria conversar comigo.
O quarto era pequeno e opressivo, suas paredes descascadas revelando camadas de tinta desbotada. Uma única janela gradeada permitia a entrada de uma luz fraca e sufocante. O cheiro de desinfetante misturado com um odor de mofo pairava no ar, formando uma atmosfera nauseante que parecia se agarrar às minhas roupas e cabelo.
No canto, uma cama de metal rangia ao menor movimento, seu colchão fino coberto por lençóis desgastados e manchados. Ao lado, uma mesa de metal enferrujada segurava alguns utensílios básicos: uma caneca de plástico rachada, uma bacia de água suja e uma escova de dentes desgastada. Uma cadeira de madeira sem encosto estava encostada na parede, seu assento gasto e desconfortável parecendo mais uma punição do que um lugar para descansar.