LIVRO 2 DA SAGA "OS GUARDIÕES"
Sophia era uma garota normal que vivia no centro do Rio de janeiro, fazendo sua faculdade de Artes com sua melhor amiga.
Até um trabalho de curta metragem dos sete pecados capitais fazer toda a diferença na vida dela e...
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Nos despedimos rapidamente de Rebecca que esperaria seu pai na estação, enquanto a gente corre rápido para o ponto de ônibus. E novamente estava cheio pelo horário de pico (12:00) mas eu não me importei, nem Bernardo, estávamos tão preocupados com Heitor que não queríamos esperar outro mesmo tendo tempo o suficiente para isso.
Chegamos em torno de trinta a quarenta minutos pelo trânsito e parada a cada ponto, o portão ainda estava fechado então significa que nem Fernanda tinha chegado, e nem minha mãe havia chegado com o Heitor. Entramos e Bernardo se joga no sofá ofegando levemente, onde a gente mora é uma pequena ladeira, para descer é ótimo, mas para subir...
-Meu Deus que calor!- Ele reclama e tira a camisa se abanando com ela. -Será que meu pai vai reclamar se eu ligar só um pouquinho o ar condicionado do quarto deles?
-Sim, você sabe que ele está querendo economizar a conta de luz, no mês passado ele quase caiu para trás porque você e o senhor Heitor ficaram jogando GTA na televisão por um tempão.- Tiro a minha mochila das costas e coloco em um cantinho, sem coragem de andar até meu quarto no momento, estava realmente um absurdo de calor, eu diria que uns 31° C.
-Ele sempre reclama da conta de luz mesmo que viesse baixa, toda vez que eu ligo um pouquinho o ar ele surge lá da oficina falando "eu não sou sócio da light". E outra coisa, por que diabos só eles tem um ar condicionado no quarto e a gente tem que ficar nesse bafo de satanás com um ventiladorzinho da Mondial?- Acabo soltando uma risada com a indignação de Bernardo.
-Porque eles que pagam a luz, e todo o resto, nós somos meros desempregados fazendo uma faculdade para ser alguém na vida. Falando nisso, vai tomar banho porque se minha mãe vê que você tá suado e sentado no sofá, ela infarta.
-Tinha me esquecido disso.- Ele levanta e corre para o banheiro rapidamente.
-E quando sair, quero te propor uma coisa, vai ajudar muitíssimo a irmãzinha na facul, depois eu te recompenso com algo que você queira.- Falo alto para ele poder escutar do banheiro e escuto resmungos de lá de dentro.
Alguns minutos olhando para a parede, eu escuto o barulho do portão e sabia que era minha mãe. Heitor entrou primeiro levemente molenga e com um adesivo no antebraço, significa que ele havia tomado algo na veia, minha mãe veio logo atrás, segurando seu outro braço.
-Oi filha.- Ela me cumprimenta assim que me vê, e coloca Heitor sentado do meu lado no sofá.
-Oi, o que aconteceu heitorzinho?- Olho para o meu irmão mais novo e ele olha de volta para mim, seus olhos caídos e cansados acabavam comigo.