Os Sete Pecados Capitais [CONCLUÍDO]

Capítulo 5: O melhor da turma

Imperial, Rio de Janeiro
16 de junho

Cabelo da Tony country pra mostrar que é de vilão
Lado mal e lado bem, nós é bom mas não é bombom

Escuto "Skate It bololo" ecoando alto no quarto, abro meus olhos devagar e desligo antes que minha mãe grite da cozinha me ameaçando. Após desligar o despertador, eu olho o horário, já eram cinco e meia.

Me levanto e vou para o banheiro me arrumar, estava tudo muito silencioso, tirando meu pai e minha mãe conversando na cozinha, ele sempre acorda sem necessidade alguma, apenas para tomar café, reclamar da vida logo de manhã e varrer calçada. Tomo um banho demorado porque tinha tempo, e visto uma calça preta que eu sempre uso para a faculdade, uma camisa marrom terroso escrito "Los Angeles" na frente que eu comprei na Renner, e meu all star cano baixo tradicional, que nesse momento precisa de uma boa limpeza.

Quando eu chego na cozinha, está apenas minha mãe e meu pai, o que é estranho. Sofia sempre acorda primeiro que eu e se arruma primeiro que eu sempre, mas dessa vez ela não estava lá me esperando.

—Bom dia.— Olho para os lados estranhando o fato de eu acordar primeiro. —Cadê a Sofia? Ela está doente?

—Bom dia filho, ela ainda está dormindo. Eu já fui acorda-lá, mas ela disse que em alguns minutos ela levantaria.— Minha mãe, sentada na mesa tomando seu café preto puro, diz olhando para mim com uma certa preocupação. —Talvez ela esteja querendo ficar resfriada, por isso a indisposição.

Sofia raramente ficava doente, era a mais instável e saudável da nossa família, sempre se cuidou muito bem e muito responsável pelos seus compromissos.

Ontem foi uma exceção entre poucas vezes que ela se atrasava, ela ficou até tarde estudando para uma prova importante e por isso perdeu a hora, é sempre organizada e esforçada em tudo que faz. Dormir até esse ponto de propósito, é uma coisa que ela não faz, algo está acontecendo!

—Eu vou acorda-lá.— Aviso e ando até o quarto de Sofia, sei que ela odiava quando entravam sem a permissão dela, mas se ninguém fazer nada, ela perderá mais um dia de aula.

Bati em sua porta três vezes, e abro a porta que estava encostada devagar, o silêncio do quarto mostrava que ela ainda estava dormindo. Chego perto e sacudi seu corpo molenga na cama, parecia um sono pesado.

—Sofi?— Sussurro para não assustá-la, mas não houve mudanças de posição e nem sinal de despertamento, tive que sacudir com um pouco mais de força. —Você vai perder o horário de novo.

—Hm?— Ela resmunga e se vira para mim com a cara amassada, apenas um olho aberto. —Eu já vou...— Diz sonolenta e fecha o olho novamente, se preparando para adormecer novamente.