Capítulo 11: Eu sou a culpada?

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Imperial, Rio de janeiro
18 de junho

Assim que eu saí do carro com Sebastian, vi a moto preta com adesivos vermelhos parada em frente ao meu portão, já sabia que seria o infeliz vindo encher a minha paciência

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Assim que eu saí do carro com Sebastian, vi a moto preta com adesivos vermelhos parada em frente ao meu portão, já sabia que seria o infeliz vindo encher a minha paciência.

Conforme eu ia me aproximando do Gustavo, eu reparava nas suas roupas. Uma calça jeans preta rasgada na parte dos joelhos, uma regata preta que deixava à mostra seus músculos definidos e inúmeras tatuagens, seus cabelos estavam bagunçados como de costume, estava lindo. E isso me irritava.

—O que está fazendo aqui?— Pergunto assim que chego perto dele.

—Ué, vim me retratar, não é como se eu fizesse isso sempre, mas sei que se eu não viesse você nunca mais iria falar comigo.— Cruzo meus braços não acreditando no cara de pau a minha frente.

—Eu poderia te deixar aqui e entrar, e quer saber? É isso mesmo que eu vou fazer.— Dou as costas para o mesmo e começo a andar para dentro de casa, pisando duro.

Eu ainda estava muito chateada com o que ele tinha feito, ou seria... Inveja. Não, não podia ser inveja, eu sou a maior e melhor daqui, ninguém era melhor do que eu nem mesmo a azeda da Lydia Mackenzie.

—Vai ficar nessa? Eu vou para casa Rebecca, para de ser imatura.— Ouço o som dos seus sapatos atrás de mim e eu sei que era ele me seguindo.

Entro em casa e deixo a porta aberta propositalmente porque sei que ele iria entrar, pego um pouco de comida para a daphne, minha Samoieda de estimação. Quando meu pai resolveu adotá-la eu tinha apenas quinze anos, ela estava um pouco velha mas muito bem cuidada e bonita. Assim que me viu balançou o rabo e latiu para me receber, e é claro, para receber o Gustavo também, ela já estava familiarizada com a presença dele aqui.

—Vai continuar fingindo que eu não tô aqui?— A voz do mesmo me tirou dos pensamentos, terminei de colocar ração para Daphne e me levantei olhando para ele.

—Não temos nada o que conversar.

—Então por que me ligou para me xingar de todos os nomes existentes?

—Por que me contou que tinha ficado com a Lydia?—  Ele fica em silêncio alguns minutos, com certeza não sabia o motivo.

—Na real, eu não sei.

—Como não sabe? Isso é para me causar ciúmes ou sei lá o que?— Forço uma risada irônica mas na verdade estava com muita raiva, e eu não sei o porquê, não parecia apenas por ele ficar com a Lydia. —Você é muito previsível, está para nascer alguém mais narcisista do que você.

Os Sete Pecados Capitais [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora