Capitulo 1: Curta metragem

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Imperia,Rio de janeiro
15 de junho, 2023


Abro meus olhos sem entender direito o que estava acontecendo, já está na hora da faculdade? Abro mais um pouco para poder enxergar melhor e arregalo meus olhos

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Abro meus olhos sem entender direito o que estava acontecendo, já está na hora da faculdade? Abro mais um pouco para poder enxergar melhor e arregalo meus olhos. COMO ASSIM JÁ SÃO NOVE DA MANHÃ? eu tenho trabalho para entregar.

Me levanto rápido e já consigo escutar minha mãe na cozinha gritando a música “Pense em mim” do Leandro & Leonardo.

—PENSE EM MIM, LIGA PRA MIM, NÃO NÃO LIGA PRA ELEEEEE

—Bom dia mãe— Passo por ela praticamente correndo com a toalha no meu ombro esquerdo e a roupa no outro ombro, ela me olha de lado com cara de deboche.

—A senhorita acordou agora para ir pra faculdade? Se humilhou no Enem pra chegar atrasada todos os dias né Sofia?— Ouço ela reclamando enquanto tentava fechar a porta sanfonada do banheiro que estava com problema.

—Não foi todos os dias, e é bom o Bernardo já ter acordado porque ele vai atrasar tudo— Consigo fechar a porta e escuto a versão da Pabllo vittar versão AI de chiclete com banana muito famosa no tiktok ultimamente e já sabia que era o idiota do meu irmão.

Eu sou a segunda mais velha da família, por pouquíssimo anos de diferença do Bernardo que vem logo depois, e o caçula que é o Heitor. Com certeza na época da minha mãe não tinha televisão.

Fernanda tem vinte e oito anos, nem mora mais nessa casa de maluco e já é casada, mas às vezes ela aparece (em evento de família tipo natal), logo depois eu de vinte, o Bernardo dezoito e Heitor de quatorze. Minha mãe, a dona Charlene (o nome dela é Charlotte mas ninguém da rua consegue pronunciar) que é minha mãe tem cinquenta e nove, e meu pai Carlos tem sessenta e dois. Uma grande família de apocalípticos.

—Quem vai atrasar o que sua fêmea?— Bernardo ameaçou derrubar a porta do banheiro pela trigésima vez e eu seguro com força do lado de dentro.

—Mãe, o Bernardo vai quebrar a porta de novo— Ouço os passos rápidos dele correndo, e logo depois o barulho da vassoura caindo no chão.

—Toma vergonha na cara de vocês, cavalo velho desses. Bernardo, se você quebrar a porta seu pai te mata, foi o maior sufoco para colocar de novo.

Fico rindo baixo dentro do banheiro lembrando da primeira vez que essa porta caiu e ainda em cima da cabeça do Heitor, enquanto coloco minha roupa de sempre: calça e uma regata porque no rio faz muito calor à tarde.

Saio do banheiro e estava tudo calmo, aparentemente, minha mochila já estava arrumada graças a minha organização de deixar tudo em ordem antes de dormir. Pego meu Motorola que só faltava explodir na minha mão de tão quente e fecho mais de vinte mensagens da Rebecca, minha melhor amiga, provavelmente me xingando porque “faltei”, mal sabe ela que eu vou chegar bem de surpresa. (Mas ela sabe que no fundo eu só vou porque tem que entregar trabalho).

Os Sete Pecados Capitais [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora