Lembranças (pov: Katy)

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Ontem, conversei com o Bryan e ele é legal, só um pouco tímido. Hoje, a Elen não foi para a escola e como não tinha ninguém para conversar no intervalo resolvi falar com o Bryan.

— Oi, Bryan!
— Oi, Katy!
— Você sabe porque a Elen faltou?
— Ela tá muito gripada.
— Entendi...ela não me falou nada.
— Provavelmente ela não teve tempo pra falar com você.

Continuamos a conversar até o sino tocar. Na aula de matemática precisamos ficar de dupla novamente. Fiquei esperando o Liam chegar e ele sentou do meu lado. O garoto parecia meio desanimado. Por que ele estava assim? Enfim, não vou perguntar, pode ser algo muito pessoal.

— Oi, Katy!
— Oi, Liam!

A professora explicou o assunto e depois entregou uma questão para cada dupla resolver e entregar no final da aula. Peguei a questão que estava bem fácil e tive uma ideia.

— Liam, você quer fazer?
— Acho melhor não, posso demorar demais e não dar tempo de entregar.

Não falei mais nada e entreguei a folha para o menino. Eu senti que ele iria conseguir resolver aquela questão e assim talvez ele ficasse mais animado. Depois de alguns minutos, ele finalmente terminou.

— Minha resposta deu isso, tá certo?

Ele me entregou a folha com a questão e fui observar seu cálculo. Felizmente, a resposta estava correta.

— Está certo!
— Que bom —Ele falou dando um leve sorriso.
— Agora você tem que entregar para a professora.
— Vou entregar.

Fiquei feliz por conseguir tirar um sorriso daquele rosto que pouco tempo atrás estava deprimido. Quando cheguei em casa liguei para a Elen, queria saber se ela já estava melhor.

— Oi, Katy!
— Oi, Elen! Você está melhor?
— Estou sim, desculpa não ter te avisado que ia faltar.
— Tudo bem, eu fiquei conversando com o Bryan no recreio.
— Fico feliz que tenham se dado bem.

Ela dá uma tosse

— Melhoras!
— Obrigada!
— Você vai amanhã?
— Tenho quase certeza que sim.
— Que bom!
— Preciso ir, tchau!
— Tchau!

Quando fechei o notebook minha mãe estava na porta do meu quarto.

— Filha, vem almoçar. Já está tarde!
— Estou indo!

A tarde o Miguel me ligou. Eu estranhei, ele não costumava ligar para mim. Nós conversamos por mensagem, mas era difícil ele me ligar. O que ele queria?

— Oi, Miguel!

Não ouvia nada além de barulho de galinha, porco, vaca e de outros bichos que não consegui identificar. Provavelmente, ele estava na casa de sua avó. Aquilo me fez lembrar de quando éramos crianças e ele chamou eu e a Sofia para passarmos a tarde lá.

2 de dezembro de 2016

— Miguel, eu não estou encontrando a Creusiane!

Esse é o nome que dei para uma galinha que vivia no terreiro da casa da avó do Miguel. Não me pergunte o porquê do nome, eu era uma criança!

— Você perdeu ela, Katy! — Ele fala chateado

Sofia que está perto começa a falar.

— Precisamos procurar ela!
— Mas ela pode estar em qualquer lugar desse terreno!
— Não importa Miguel, vamos achar ela!

Como o Miguel sempre fazia o que a Sofia mandava, começamos a procurar a galinha e depois de um tempo a encontramos. Deixamos ela junto das outras galinhas para não se perder novamente.

Now

— Katy!
— Oi, desculpa. Tava perdida nos pensamentos...
— Tudo bem.
— Você queria me falar alguma coisa?
— Sim...
— Bom, pode falar.
— Olha... a Sofia te falou que estamos conversando muito depois que você se mudou?
— Falou sim —Dei um sorrisinho
— Eu tava pensando em chamar ela para o cinema...
— Eu acho uma ótima ideia.
— Qual filme você indica?
— Tem um filme aí que ela tava falando.
— Sabe o nome?
— Não tô lembrada agora, mas vou te mandar depois. Pode ser?
— Pode sim, obrigada!
— Você tá na casa da sua avó?
— Estou sim, como você adivinhou?
— Pelo barulho dos bichos.— Começamos a rir — Me lembrei daquela vez que a gente passou a tarde aí.
— Nossa, aquele dia foi muito engraçado. Você faz falta Katy.
— Também sinto muita falta de vocês. Fico feliz que esteja dando certo entre vocês dois.
— Eu estou gostando mesmo dela e espero que ela também esteja...
— Miguel, fica tranquilo. Quero novidades, viu?
— Está bem.
— Tchau!
— Tchau!

Finalmente o Miguel tomou atitude! Fiquei tão feliz com isso que ele falou. Espero que dê tudo certo e que eles consigam ir para o cinema. Estou preocupada com o Liam, mas acho que não deve ser nada, apenas um dia ruim. A noite, estava deitada na cama até que o Felipe chegou.

— Maninha!
— Que foi, Lipe?
— Eu tô fazendo pipoca, vai querer?
— Quero, mas vai ter filme?
— Vai sim, você acha que eu tô fazendo pipoca pra que garota?
— Eba!

Assistimos um filme de terror e foi muito legal. Depois disso, fui dormir, ou pelo menos tentar. É difícil dormir depois de assistir um filme tão assustador.
Continua...

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