Inimigos com Benefícios

Capítulo 1: Satoru Gojo

Nota: Essa história é uma adaptação para o shipp Satosugu de um livro chamado Enemies with Benefits, da autora N.R. Walker

Espero que gostem.

~ Satoru Gojo ~

Eu odiava Suguru Geto.

Eu o odiava com cada fibra do meu ser, como um fogo abrasador de mil sóis ardentes. Eu o odiava de maneiras que nem mesmo conseguia descrever.

E por qual motivo, você deve estar se perguntando neste exato momento.

Bem, deixe-me contar-lhes os motivos…

Tudo começou no Ensino Fundamental. Sim. Eu odeio esse maldito desde essa época. Quinto ano, Grande Final do Campeonato de Rugby. Ele era o capitão do seu time e eu era o capitão do meu. Ele marcou o ponto que os concedeu a vitória, levando sua escola às finais estaduais. Metade da minha equipe estava chorando feito bebês, reclamando para os pais, enquanto eu apenas olhava para Suguru Geto. E sabe o que ele fez?

O filho da puta sorriu para mim.

Então eu fui para o Ensino Médio. Escola de Meninos Saint Ignatius. Uma das escolas particulares mais prestigiadas de Sydney, onde Geto e eu seríamos colegas de classe e companheiros de equipe no time de rugby do colégio. Ele se tornou o capitão do time, porque, é claro que ele se tornaria.

Tsc!

Notas perfeitas, cabelos perfeitos, rosto perfeito.

Eu poderia até ter gostado do cara, dado uma chance.

Até duas semanas antes das finais dos jogos. Cheguei em casa e meus pais pediram para que eu me sentasse, pois precisavam conversar comigo a respeito de algo muito importante. Mamãe estava chorando e papai estava em silêncio, mal-humorado.

Devastado.

Foi então que descobri que eu teria que trocar de escola e mudar de casa. O assunto tão importante era que na verdade, papai estava falido e eu teria que estudar em um colégio público. Eles não poderiam arcar com as mensalidades do St. Ignatius, porque os negócios tão amados de meu pai haviam sido pressionados e vendidos por centavos para ninguém menos que a gigante Geto Corporation.

Suguru filho da puta Geto mais uma vez ferrando minha vida.

Agora, avancemos para a oitava série nas semifinais do campeonato de rugby. North Ryde Public High vs St. Ignatius. Meninos pobres contra os riquinhos esnobes. Minha antiga escola, meus antigos amigos e meu novo arqui-inimigo.

Aos dez minutos do segundo tempo, estávamos quatro pontos à frente do time adversário. Geto fez uma quebra na linha lateral, prestes a marcar com certeza. Mantendo meus olhos naquele maldito, cruzei metade do campo feito uma flecha, pronto para esmagar Geto no chão como se ele fosse um inseto. Mirei em suas pernas e o empurrei para a lateral. Eu o parei quando ele estava prestes a marcar o ponto e assim salvei o jogo. Todo mundo aplaudiu e eu fui nomeado como o grande jogador que salvou a partida.

Porém, eu nem pude comemorar direito, pois tive que ir às pressas para o hospital, porque quando abordei Suguru naquela hora, acabei quebrando o braço.

Perdi a grande final por causa dele.

Eu odiava Suguru Geto. Eu o odiava porque decepcionei meu time por sua culpa, e eu o odiava por ele ainda estar na escola particular enquanto eu estava na merda de uma escola pública.

Eu o odiava ainda mais pelo fato do meu pai lutar tanto e nunca mais ter sido o mesmo depois da falência da empresa.

Avançando novamente para o segundo ano. Para o carnaval de rugby da escola secundária de Sydney. Eu não cheguei a realmente jogar contra ele, mas eu o vi. Com seu uniforme Preppy da equipe escolar, com sua namoradinha rica e seus belos e longos cabelos negros e sorriso bonito. Eu odiava que ele tivesse a vida perfeita — uma vida fácil — enquanto eu precisava manter minha cabeça baixa, tentando não ser tão óbvio ao olhar os caras no vestiário.