~Suguru Geto~
Na quinta-feira, senti desconforto ao sentar e também notei alguns hematomas ao redor do meu pescoço.
Era inverno, então ninguém questionaria minha gola alta, e passei o dia todo no meu escritório com instruções para ser deixado sozinho, alegando estar ocupado demais para qualquer outra coisa, o que não era exatamente uma mentira.
Mas, na realidade, era mais para que ninguém notasse a minha respiração travar toda vez que me movia na cadeira, e assim eu poderia tocar as marcas quentes em meu pescoço em privacidade. Revivendo a dor, a dor latejante.
As lembranças persistentes do corpo dele dentro do meu que ainda conseguia sentir.
Era uma felicidade absoluta.
Ele me fodeu tão bem.
Não tenho certeza sobre a segunda vez, estar deitado embaixo dele. Não era minha posição favorita. Eu me senti estranho e vulnerável, e Satoru pareceu perceber isso. Ele tirou o suéter e então, para não parecer muito íntimo, me segurou e continuou a me foder. Eu pude ver sua mandíbula cerrada, a determinação em seu rosto para provar o quão inútil eu era, que ele poderia usar meu corpo para seu próprio prazer e me ignorar quando terminasse.
Seu torso musculoso, seus braços volumosos e mãos fortes... testemunho das marcas que ele deixou em meu pescoço, da mordida que ele deixou em minhas costas.
Meu sangue aqueceu com o pensamento.
E ele me beijou.
Bem, ele esmagou a boca na minha e forçou sua língua para dentro.
Eu deveria estar envergonhado de admitir que isso foi o ponto de virada que me fez gozar. Eu estava perto de atingir meu ápice o tempo todo, mas com sua mão em volta do meu pescoço e seu pau enorme enterrado até o cabo, e então sua língua? Mas eu não estava envergonhado. Eu me recusava a sentir vergonha pelo que quer que me excitasse.
Eu sabia que não era do agrado de todos, e a maioria dos homens que encontrei não estava à altura do quanto eu gostava de ser rude. Mas Satoru não tinha problema com isso.
O bônus dele me odiar, eu supunha.
O lado bom de meu pai ter arruinado o negócio do pai dele — uma transação da qual eu não fiz parte, mas ele me odiava mesmo assim, e eu jamais poderia culpá-lo por isso.
Meu pai arruinou a vida de muitas pessoas.
A minha vida também estava inclusa nesta lista quilométrica.
Me perguntei brevemente se deveria contar a Satoru sobre as marcas em meu pescoço. Ele deveria saber? Provavelmente. Mas só consegui imaginar que ele certamente surtaria, se desculparia profundamente e prometeria nunca mais fazer isso.
E eu queria que ele fizesse de novo.
E se ele surtasse ao ponto de cancelar nossa combinação por completo?
Como ele tinha chamado mesmo? Inimigos com benefícios?
Seria a coisa nobre a se fazer, talvez até a coisa certa. E Satoru Gojocom certeza faria a coisa nobre.
Então, não, eu não contaria nada a ele.
Meu telefone do escritório vibrou e a linha da minha assistente acendeu.
— Sr. Geto, sua irmã está aqui para vê-lo — Eu me abstive de suspirar.
— Ok, obrigado. Mande ela entrar.
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Inimigos com Benefícios
FanfictionSatoru Gojo nutre um ódio profundo por Suguru Geto desde quando tinham dez anos. Satoru odeia tudo em Suguru. Suguru, por sua vez, precisa lidar com seus próprios demônios, e vê a oportunidade perfeita para isso irritando Satoru.