Capítulo 8: Suguru Geto

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~Suguru Geto~

Na quinta-feira, senti desconforto ao sentar e também notei alguns hematomas ao redor do meu pescoço. 

Era inverno, então ninguém questionaria minha gola alta, e passei o dia todo no meu escritório com instruções para ser deixado sozinho, alegando estar ocupado demais para qualquer outra coisa, o que não era exatamente uma mentira. 

Mas, na realidade, era mais para que ninguém notasse a minha respiração travar toda vez que me movia na cadeira, e assim eu poderia tocar as marcas quentes em meu pescoço em privacidade. Revivendo a dor, a dor latejante. 

As lembranças persistentes do corpo dele dentro do meu que ainda conseguia sentir. 

Era uma felicidade absoluta. 

Ele me fodeu tão bem. 

Não tenho certeza sobre a segunda vez, estar deitado embaixo dele. Não era minha posição favorita. Eu me senti estranho e vulnerável, e Satoru pareceu perceber isso. Ele tirou o suéter e então, para não parecer muito íntimo, me segurou e continuou a me foder. Eu pude ver sua mandíbula cerrada, a determinação em seu rosto para provar o quão inútil eu era, que ele poderia usar meu corpo para seu próprio prazer e me ignorar quando terminasse.

Seu torso musculoso, seus braços volumosos e mãos fortes... testemunho das marcas que ele deixou em meu pescoço, da mordida que ele deixou em minhas costas. 

Meu sangue aqueceu com o pensamento. 

E ele me beijou. 

Bem, ele esmagou a boca na minha e forçou sua língua para dentro. 

Eu deveria estar envergonhado de admitir que isso foi o ponto de virada que me fez gozar. Eu estava perto de atingir meu ápice o tempo todo, mas com sua mão em volta do meu pescoço e seu pau enorme enterrado até o cabo, e então sua língua? Mas eu não estava envergonhado. Eu me recusava a sentir vergonha pelo que quer que me excitasse.

Eu sabia que não era do agrado de todos, e a maioria dos homens que encontrei não estava à altura do quanto eu gostava de ser rude. Mas Satoru não tinha problema com isso. 

O bônus dele me odiar, eu supunha.

O lado bom de meu pai ter arruinado o negócio do pai dele — uma transação da qual eu não fiz parte, mas ele me odiava mesmo assim, e eu jamais poderia culpá-lo por isso.

Meu pai arruinou a vida de muitas pessoas. 

A minha vida também estava inclusa nesta lista quilométrica. 

Me perguntei brevemente se deveria contar a Satoru sobre as marcas em meu pescoço. Ele deveria saber? Provavelmente. Mas só consegui imaginar que ele certamente surtaria, se desculparia profundamente e prometeria nunca mais fazer isso. 

E eu queria que ele fizesse de novo. 

E se ele surtasse ao ponto de cancelar nossa combinação por completo? 

Como ele tinha chamado mesmo? Inimigos com benefícios

Seria a coisa nobre a se fazer, talvez até a coisa certa. E Satoru Gojocom certeza faria a coisa nobre.

Então, não, eu não contaria nada a ele. 

Meu telefone do escritório vibrou e a linha da minha assistente acendeu. 

— Sr. Geto, sua irmã está aqui para vê-lo — Eu me abstive de suspirar. 

— Ok, obrigado. Mande ela entrar. 

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