Capítulo 10: Suguru Geto

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~Suguru Geto~

O almoço com minha irmã até que foi bem agradável.

Ela quase teve um ataque quando tirei meus óculos de sol, revelando meu olho machucado, e Shoko prosseguiu o sermão , me dando uma palestra sobre os perigos do rugby.

Graças a Deus, ela não me viu ontem à noite.

O inchaço tinha diminuído bastante, e o corte estava cicatrizando. Não havia necessidade do clipe de borboleta agora. Mas as cores... preto, roxo, azul e vermelho.

Ok, parecia bem assustador.

Porém, eu conseguia enxergar bem, e ao sentir ao redor da cavidade ocular, percebi que a pele ao redor estava sensível, mas não havia dor aguda, então, felizmente, nada estava quebrado.

E além das palestras da minha irmã, foi bom ter alguém preocupado comigo. Como Satoru estava preocupado.

Claro, ele zombava de mim a cada dez segundos e dizia coisas para me irritar, no entanto, ele parecia se importar.

Satoru tinha vindo para casa comigo, cuidado do meu rosto machucado, me dado comida e dormido ao meu lado para ficar de olho em mim. Suas mãos eram surpreendentemente gentis.

Quando ele estava limpando minha sobrancelha, fiquei surpreso com o quão habilidosas elas podiam ser.

Normalmente ele era bruto comigo, me segurando, apertando com força. Mas não ontem à noite.

E ele dormindo na minha cama...

Acho que eu nunca tinha dormido tão profundamente na vida como dormi ontem. Talvez fosse só porque eu não estava sozinho, que por algum motivo estranho eu me sentia seguro com Satoru, o que era ridículo, considerando as coisas que ele fazia comigo, as coisas que eu pedia para ele fazer comigo.

Talvez o motivo de me sentir seguro com ele, ou o fato de confiar nele, fosse uma grande prova de como eu estava ferrado. Mas Deus, eu dormi bem. Mesmo durante o sono, eu tive recordações vagas do calor do corpo dele, dos braços fortes. Talvez isso tivesse sido um sonho.

Droga, Satoru Gojo.

Eu não deveria ter gostado que ele tivesse passado a noite.

Eu não deveria gostar que ele tivesse me ameaçado para tomar o café da manhã. Ou como ele chupou meu pau ou me segurou e gozou em mim.

Deus, como ele fez isso.

E então simplesmente saiu como se eu fosse algo para ser usado conforme ele quisesse. Ele era tão bom nisso.

Não.

Pare de pensar nele, droga!

Enquanto ele continuar me desprezando, estaremos bem...

— Terra para Suguru — Shoko disse — Você está me ouvindo?

— Ah, desculpe — respondi, dando um gole na minha água mineral — O sol está me deixando sonolento.

Ela sorriu para o céu.

— É tão bom, não é?

Era bom.

O calor do sol em um dia frio de inverno.

Havia passado tempo demais desde que eu me sentara e o aproveitara.

— Você tem notícias da mamãe? — ela perguntou. Balancei a cabeça.

— Não — fazia meses, na verdade — E você?

Ela deu um gole no seu spritzer e revirou os olhos.

— Algumas semanas atrás. Ela estava em Londres, acho. Ou…— Ela fez um gesto com a mão — Em algum lugar por lá.

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