Fui para meu dormitório depois de tudo, me sentei na minha cama e analisei as joias que Malfoy me deu.
Olho chocada. Ele chamou essa belezura de brega? São literalmente pedras de diamantes!
Ou talvez... Era só uma desculpa para me dar as joias. Mas acho difícil ele fazer isso.
Coloco o Bracelete em meu pulso. Já o colar, guardei no armário.
Como preciso ir para o jantar, apenas coloco minha capa e saio do dormitório.
Faço o mesmo de sempre, cumprimento algumas pessoas que estão no salão comunal, saio do local, desço as escadas e vou para o salão principal.
Encontro o Trio na mesa da Grifinória. Eles acenam para mim e faço o mesmo.
Sento na mesa e começo a comer o jantar.
Não há muitas pessoas. Provavelmente, algumas não estão com tanta fome.
— Pelo visto, realmente gostou da minha humilde caridade — ouço a voz de Malfoy.
Olho para ele e depois para o bracelete.
— Algum problema? Você me deu, não era para usar? — digo sem paciência.
— Não falei nada — ele dá de ombros e se afasta.
— Idiota — sussurro e volto a comer.
Depois de terminar, me levanto e vou até a mesa da Grifinória, me aproximo de Mione, que lia seu livro enquanto comia.
— Está bom o assunto? — Assusto a garota.
— Está! Mas eu já sei tudo o que está aqui — ela se gaba e eu solto uma risada.
— Bom, vou indo. Quero começar um desenho. Adeus, meninos — me despeço deles, que fazem o mesmo.
Vou para o meu dormitório, entro no meu quarto e pego alguns materiais para começar a desenhar, a minha colega de quarto não estava, então, fiquei mais a vontade.
Depois de algumas horas, acabo ficando cansada e resolvo ir dormir, mas escovo os dentes e tomo um banho no banheiro do dormitório antes.
A semana vai passando, e nada de respostas ou algo do meu pai. Talvez os negócios dele estejam indo além demais.
Hoje já é sexta-feira. E ao longo da semana, me aproximei de uma pessoa também, que já havia conhecido no trem.
Neville Longbottom. Ele é uma pessoa muito legal e simpática, porém bem desajeitado. Às vezes, ele me lembra o Ron.
Hoje terá aula de Voo, e, para ser sincera, estou bem animada.
...
— Fiquem em fileiras — Madame Hooch ordena.
Fazemos o que foi mandado, e Malfoy fica frente a frente comigo. Olho para o garoto que olhava Harry com nojo.
Reviro os olhos e volto a prestar atenção na professora.
— Coloquem suas vassouras no chão — Assim fazemos — Agora prestem atenção, estendam a mão e digam "Suba" com clareza.
Assim fazemos. Harry consegue de primeira, e em seguida Malfoy, que me olha com deboche.
Respiro fundo e repito mais uma vez.
— SUBA! — Assim a vassoura faz. Abro um sorriso e olho para Malfoy, que revira os olhos.
— Que droga, infeitiçaram minha vassoura — Hermione diz sem paciência, e repete a palavra mais duas vezes, e logo consegue. O semblante sério da garota some, e ela abre um sorriso — Fácil — Ela diz simples.
Rio da mesma.
Ron tenta de todos os jeitos fazer a vassoura subir, mas não dá certo.
— Se concentre, Weasley — A professora fala.
O garoto tenta mais algumas vezes e também consegue.
Depois de todos os alunos conseguirem, ela começa a passar por nós checando se estávamos segurando certo.
— A vassoura está torta, senhorita Willow — Ela me corrige, e arrumo o objeto que estava na minha mão.
Vejo Malfoy rir, mas é interrompido pela professora.
— Você também, Senhor Malfoy — Ele para de rir no mesmo instante, e corrige a posição da vassoura.
Diferente dele, não esboço nenhuma reação.
— Agora, vocês vão subir na vassoura — Assim fazemos — Nessa parte, vocês precisam ter equilíbrio, para não cair da vassoura e se machucarem.
Subo na vassoura assim como os outros. A professora começa a passar algumas dicas.
— Agora, vocês vão usar todas essas dicas para subir no voo. Segurem firme. Quando eu mandar, deem impulso com o pé e subam para o ar.
A professora começa a contar, mas quando menos se espera, Neville começa a voar e sobe cada vez mais.
— SENHOR LONGBOTTOM, DESÇA JÁ! — Madame Hooch se desespera.
E o garoto sobe cada vez mais, até que escorrega e se pendura na vassoura.
— NÃO SE SOLTE, NEVILLE! — A professora grita, porém tarde demais. O garoto acaba caindo, e, para piorar, em cima do braço.
Faço uma careta, deve ter doído muito.
O garoto começa a chorar de dor, os alunos correm até ele, e fazem uma roda em volta dele. Madame Hooch empurra os estudantes e ajuda Neville a se levantar.
— Irei levar Neville para a enfermaria. Se eu descobrir que alguém saiu por aí voando, irei descontar pontos e levará advertência — Madame Hooch comunica e sai rapidamente com Neville.
Fico com dó do garoto, já vai ser a segunda vez que ele vai para o hospital essa semana.
— Olha pessoal, acho que o Neville deixou algo cair — Malfoy diz, com uma espécie de bola de vidro na mão.
— Devolva isso, Malfoy, não é seu — Harry diz.
— Não — Ele sorri irônico.
— Vai logo, Draco! — Me aproximo dele, e tento pegar a bola, mas ele ergue a mesma para o alto — Isso foi um presente da avó dele! — Me estresso.
Os alunos começam a observar a situação.
— Quer? Não dou.
Respiro fundo tentando me controlar e não voar na cara do garoto.
— Se realmente querem, vem pegar! — O loiro sobe na vassoura e começa a voar em direção a uma árvore.
Vejo que Harry sobe em sua vassoura, Hermione tenta impedir, mas é ignorada.
Harry começa a perseguir Draco, que desvia dele com facilidade.
Malfoy realmente é bom, infelizmente tenho que admitir.
— Você quer, Potter? — O garoto ergue a bola — Então pega! — Ele arremessa a bola.
Harry se apressa em pegar e sai voando rapidamente em direção à bola. Ele vai muito alto.
Todos estão torcendo para que o garoto consiga, e adivinha? CONSEGUIU!
Todos gritam comemorando, menos Draco e seus amigos insuportáveis.
Harry chega no chão e desce da vassoura. Todos começam a rodeá-lo e bater palmas.
Vejo Draco sair de lá completamente bravo, mas ignoro, ele mereceu.
Até que a professora Minerva aparece, gritando o nome de Harry Potter. Todos ficam em silêncio. Ela chama o garoto, que a segue, mas antes, ele me dá o objeto de Neville.
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A Sábia │Draco Malfoy
FanfictionMay Willow, filha de um bruxo rico e severo, vive cercada de luxo, mas anseia por liberdade. Sua mãe morreu quando ela era recém-nascida, deixando um mistério que seu pai se recusa a discutir. Cercada por elfos domésticos e monitorada constantemente...