Contos de horror para ler antes de morrer.
Escritos por: Lucas Pinheiro, João R. C. Melo, Marcio Vinicius, P. W. Oliveira, Brenda Zaninetti, Vinne Camargo, Leanderson Moreira e Jaime Pinheiro.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
These Final Hours Music Festival, Auckland. Noite.
Tayn abria espaço entre a multidão de pessoas, tentando encontrar o sujeito alto enrolado em uma bandeira maori. As luzes neon e a música alta atacavam os sentidos, impedindo que ele se concentrasse na tarefa, mas a culpa era também parcialmente do seu nervosismo. Tayn mal conseguia acreditar que estava prestes a conhecer seu irmão mais velho, um irmão que até a semana anterior ele sequer sabia da existência. A euforia era impossível de ser contida.
Tudo começara com um e-mail do site de genealogia para onde Tayn tinha enviado seus dados. Em seguida veio o telefonema da polícia federal da Nova Zelândia e o convite para encontrá-lo. Em um período de apenas dois dias a vida de Tayn virara de cabeça para baixo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Tayn nunca conhecera o pai, e a mãe nunca falara sobre ele, o que era o principal motivo para ele ter se inscrito no site. O que o homem não esperava era descobrir que compartilhava o DNA com um notório serial killer da década de 1970 e 1980, uma figura procurada pela polícia há quase meio século. "Gore Cook" era a alcunha dele, em referência à cidade de Gore, onde o assassino fizera a maior parte de suas vítimas; e ao fato de que ele era um cozinheiro.
Bastou algumas pesquisas para que a polícia descobrisse a conexão genética entre Tayn e o serial killer. Aparentemente, o avô paterno de Tayn, alguém cuja existência ele também desconhecia, havia sido um dos assassinos mais notórios da história da Nova Zelândia, e um que escapara impune por todos os crimes cometidos. O velho morrera décadas antes, mas o mistério de sua identidade havia sido, enfim, solucionado.
E aquela não fora o fim das descobertas. O pai de Tayn também já estava morto, mas existia uma pessoa ainda viva: Caine, seu irmão mais velho. Assim como Tayn, o outro homem estava no escuro diante de toda aquela situação e todas as conexões familiares. Os dois carregavam uma herança maldita, desconhecendo que não estavam sozinhos.
Tayn não contou com a possibilidade de que ele fosse ser encontrado antes de encontrar o irmão. Em um segundo o homem estava de pé, e então sentiu braços ao redor do corpo e foi erguido no ar. Atrás dele, Caine lhe deu um beijo com força na bochecha, apertando seus ombros.
