Contos de horror para ler antes de morrer.
Escritos por: Lucas Pinheiro, João R. C. Melo, Marcio Vinicius, P. W. Oliveira, Brenda Zaninetti, Vinne Camargo, Leanderson Moreira e Jaime Pinheiro.
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Era a última música do concerto.
A versão orquestrada de um sucesso recente do país, Baby Jowo, cantada por Victor Olaiya, era o grande ápice da apresentação musical que era composta por versões clássicas de grandes sucessos e composições não somente nigerianas, mas também de sucessos provindos de todo o continente.
Entre os inúmeros componentes da orquestra, aquele que era responsável pelo doce som da flauta continuava focado na partitura à sua frente. Os seus dedos deslizavam através das chaves do instrumento e com o toque, algumas eram acionadas, enquanto outras se fechavam, permitindo que a melodia saísse como ele esperava.
Através do sopro provindo de seus lábios, o ar adentrava o instrumento e conforme as notas musicais presentes na partitura, o belo som era emitido, participando assim da harmonia da orquestra sinfônica.
Para Dayo, estar ali era uma vitória. Sentia-se como se tivesse chegado no topo do Chappal Waddi, o ponto mais alto de seu país, e estivesse tocando as estrelas. O céu parecia ser o limite para aquele jovem apaixonado pela música.
A caminhada até ali fora de fato tortuosa, com vários momentos em que pensou em desistir de tudo, mas seguiu em frente. Se não tinha ascendido economicamente, coisa que parecia impossível numa cidade como Lagos, pelo menos tinha realizado seu sonho que vinha desde os tempos da escola, quando entrou em contato pela primeira vez com a flauta, aquela que se tornou sua companheira fiel.
Parecia estar tudo bem na vida de Dayo.
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Mas apesar das aparências, no seu íntimo, algo o perturbava. Dentro de si, algo dizia que todos aqueles eventos estranhos que o consumiam nos últimos tempos estavam relacionados a aquele dia. Aquele fatídico dia que mudou sua vida para sempre.
Sua mente viajou, mas quando se deu conta, a música já tinha se encerrado. Aplausos ressoavam pelo teatro, parabenizando os músicos pela bela apresentação.
