I | Âmbar

1.8K 227 52
                                    


"Somente um vampiro pode te amar eternamente."

- Crepúsculo

-🦇-

――――――――――――――――

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

――――――――――――――――

"Há mil e cem anos atrás, na penumbra das Montanhas dos Cárpatos, erguia-se o milenar reino morto da Transilvânia. À beira do Vale da Morte, o esplendoroso Castelo Draco alcançava o céu noturno com suas torres içadas em picos cinzentos e pontiagudos. Seus arredores, cercados por muralhas de pedra enegrecida e impenetrável pela luz, eram protetores de suas criptas ocultas e segredos enterrados em terras inférteis. Suas janelas trifoliadas tinham seus vitrais invadidos pela pálida luz da lua cheia, que encerrava mais uma época vampira. A construção, que reinava soberana, era um monumento à escuridão e ao poder do Grande Rei Vlad Drácula, que governava as sete terras ao lado de sua legião de monstros e criações pavorosas..."

O bardo tocou a superfície de couro da capa do livreto com seus dedos enrugados e ergueu os olhos ao escutar passos se aproximarem do salão. Iluminado pela claridade avermelhada dos vitrais, algo se projetava rapidamente pela escuridão, tendo tormentos como sua força motriz.

- Meu Senhor, que boa surpresa vê-lo esta noite - saudou-o em um tom cortês e sorriu sem mostrar as presas.

O Príncipe dos Vampiros o encarou, mergulhado nas sombras da extremidade do salão, que permitiam apenas a visão de seus olhos brilhantes como rubis incandescentes. Um grande lustre de pedra escura estava suspenso no teto alto e curvado, e seu fogo tremeluzente que brotava das velas maciças lançava feixes sobre os rostos pálidos.

- O Senhor chegou na hora certa, iniciamos a "Era Sangrenta I" - indicou o livro em suas mãos. - Poderia dar-nos a honra de nos acompanhar? O Jovem Príncipe está muito entretido com a história de nosso povo.

O pequeno vampiro de cabelos dourados, sentado de frente para o ancião, retorcia o rostinho em uma careta emburrada e cruzava os bracinhos pálidos. Alucard remexeu-se no sofá de couro e mostrou a língua para o irmão ao perceber que era observado.

- Seria de grande valia, Dorian - divagou, se divertindo com o gesto infantil da criança. - Mas hoje, não. Estou de saída.

O bardo o observou, antes de assentir compreensivamente.

- Entendo. Espero que suas caminhadas estejam livres do conhecimento de Vossa Magnificência, o Rei... - pigarreou. - Quero dizer, que esta noite lúgubre lhe traga a paz que almeja.

Jimin apenas assentiu e lançou um último olhar ao salão vermelho e rebuscado, antes de sair da sala.

Atravessou os largos corredores, acelerando as passadas conforme os pensamentos que o acompanhavam anteriormente, voltavam a assombrá-lo como uma névoa que crescia sem parar.

Eclipse Of Hearts • JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora