Adeus

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Essa história não segue os eventos depois do Ensino Médio de Haikyuu.
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— Como você está linda hoje. – Sawamura sorriu ao vê-la sentando à sua frente.

— Oi... – Kiyomi também sorria, mas estava envergonhada com o elogio repentino do garoto. Não era acostumada com aquilo, nem um pouco — Fiquei feliz com sua mensagem ontem. – Mesmo que tivesse esquecido da existência dele por um breve momento enquanto estava com Kuroo, não era mentira que sentiu falta das mensagens do rapaz.

— Eu te comprei uma coisa... – Enquanto Daichi se abaixava para pegar o presente, Kiyomi não conseguia esconder a curiosidade, não esperava nada dele.

O garoto, então, tirou um buquê de tulipas brancas. Simplesmente a coisa mais linda que já viu. Queria chorar, mas não podia fazer aquilo na frente dele.

— Eu pesquisei e tulipas brancas significam perdão. – Kiyomi estava confusa, por que perdão? — Aquele dia na festa... eu não me desculpei com você da forma correta. – Ele coçou a cabeça, visivelmente envergonhado — Branco também significa sinceridade e paz, eu sinto isso com você.

Kiyomi abriu o maior sorriso que podia dar. Não acreditava no que acontecia. Daichi, a pessoa que ela tinha um leve, bem leve mesmo, crush no ensino médio estava lhe dando flores. Última vez que ganhou flores foi quando namorava Kuroo e foi bem no White Day.

14 de Março, 2010

Era o White Day, um mês depois do Valentine's Day, quando os meninos retribuem (ou não) o presente que ganharam das meninas. Kiyomi estava tão animada, será que ganharia alguma coisa do seu namorado? Estava tão ansiosa por isso. Esse era o primeiro White Day que realmente passava namorando, ainda mais com o menino por quem ela era apaixonada. Se dependesse da sua vontade, eles ficariam juntos para sempre.

— Oi... – Kuroo apareceu atrás da garota que virou-se rapidamente para olhá-lo. Ele estava com as mãos para trás, certamente segurando alguma coisa — Trouxe um presente pra você, princesa. – Ambos sorriram — Não sabia qual flor você mais gostava, então trouxe pelo significado... – Tetsurō estava vermelho de vergonha. Ele não era de demonstrar desse jeito carinhoso, sempre mostrava seu amor através das provocações.

— Não tem problema, gatinho. Eu vou amar... – Os olhos dela brilhavam como ele nunca tinha visto antes e adorou vê-la assim.

— A moça da loja me disse que elas significam amor verdadeiro. – Kuroo tirou um buquê de tulipas vermelhas de trás das costas e entregou — Elas tem que ser entregues para o amor da sua vida... e você é o meu. – Seu rosto estava vermelho de vergonha, nunca tinha dito isso para nenhuma garota, nem para suas ex-namoradas.

Kiyomi não conseguia esconder a alegria, queria pular no colo do menino e beijá-lo para sempre, mas estavam na escola e levaria advertência se fizesse isso. Então apenas agradeceu e beijou sua bochecha, era o máximo que conseguia fazer ali.

— Kiyomi? Não gostou? – Não percebeu que tinha entrado em um transe ao lembrar daquele dia. Balançou a cabeça e abriu um sorriso forçado.

— E-eu amei... obrigada. – Sawamura sorriu aliviado.

Mas a garota não se sentia assim. Era tão impossível passar um tempo com ele sem pensar no Kuroo por um segundo? Por que não era o contrário também? Não pensava em Daichi um minuto sequer quando estava com Tetsurō. Por que essa merda tem que ser tão difícil?

Depois do café, foi trabalhar. Pensou que seu dia seria perfeito depois daquilo, mas nunca esteve tão errada.

Passou o dia inteiro ansiosa por causa do buquê mas também pelo seu pai. Ele não tinha dado nenhuma notícia desde a noite passada e Kiyomi queria vê-lo logo. Não demorou para chegar em casa assim que terminou seu trabalho, precisava matar a saudade do homem.

Amor em Jogo | Kuroo TetsurōOnde histórias criam vida. Descubra agora