Despedida

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  Essa história não segue os eventos depois do Ensino Médio de Haikyuu.
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— Como foi seu dia? – Kuroo fazia carinho na cabeça de Kiyomi que estava em seu peito. Decidiram ficar em um hotel e passar a noite, já que o pai do garoto queria garantir a distância dos dois.

— Foi normal... – A garota estava de olhos fechados, apenas sentindo o cheiro que o moreno exalava. Seu perfume era amadeirado, o que o deixava extremamente sensual e elegante, aquela era a combinação perfeita. Era tudo, menos enjoativo, poderia passar horas ali apenas sentindo — Eu tomei café na Le Pain Quotidien, depois fui pro t-

— Sozinha? – Ele olhou sério para ela que estava confusa — Você foi sozinha? Tomou café da manhã em uma padaria sozinha?

— N-não... Daichi me convidou... – O garoto sentou na cama, fazendo com que a cabeça de Kiyomi caísse. Ele estava visivelmente irritado.

— Com ele, Kiyomi? Sério isso? – Kuroo disse grosso, odiava quando ele ficava assim.

— Para com isso, ele me chamou e eu aceitei por educação. – Sua cara ainda estava fechada — Qual foi? Vocês eram amigos no 3° ano.

— Como sabe disso? Nunca te contei nada. – Kiyomi mordeu os lábios, tentando encontrar palavras para contar que tinha um levíssimo crush no capitão do Karasuno — Você gostava dele! Que merda, Kiyomi. Ainda gosta?

  Ela não sabia responder a pergunta. Gostava mesmo dele ou era só carência? Essa era uma dúvida de merda e não conseguia achar nenhuma resposta. Mas se ela realmente gostasse de um, por que não conseguia esquecer o outro? Essa confusão só a deixava mais ansiosa e irritada.

— Hein!? – Sua expressão não era mais de raiva, talvez medo ou tristeza, não conseguia descrever. Parecia que ia chorar a qualquer momento, estava desesperado para saber a resposta.

— E-eu... não sei... – Kuroo abriu a boca indignado. Depois de dois beijos e três vezes dormindo juntos Kiyomi ainda gostava de outro? Ta, não precisava se apaixonar por Tetsurō, mas sério?

— Não acredito. Por que me beijou ontem? – A garota ficou quieta. Não tinha um motivo, apenas queria beijá-lo — Você é inacreditável. – Kuroo levantou e calçou seu sapato.

— Sério que vai embora? Que infantil. – Ela soltou uma risada soprada, ainda sem acreditar.

— Sabe o que mais me chateou? – Tetsurō virou para a garota pela última vez antes de deixar o quarto — Eu realmente achei que poderíamos ficar juntos, mas eu estava errado. Não vou cair nisso, então faz o favor de não estragar com Daichi. – Ele abriu a porta e respirou fundo — Acho que isso foi um erro.

  Ele saiu deixando Kiyomi sozinha no quarto. Não queria que ele fosse embora, mas estava aliviada, poderia chorar a vontade.

  Tinha sido tão filha da puta assim? Kuroo tinha razão, ela não sabia se era carência, mesmo que parecesse. Se o moreno tivesse dito o que sentia, se ela tivesse dito, talvez nada teria acontecido.

  Era oficial, Kuroo a odiava novamente. Esse seria o fim de algo que nem havia começado?

(...)

  Um mês se passou desde aquele dia e durante esse tempo Testurō evitou Kiyomi o máximo que conseguia. Os outros garotos ficaram chateados com ela, os únicos que realmente entraram seu lado foram Hinata e Bokuto. Ia para o trabalho e depois se trancava no quarto até o dia seguinte. Seus amigos tentaram fazer ela sair de casa várias vezes, viviam tentando ajudá-la.

Amor em Jogo | Kuroo TetsurōOnde histórias criam vida. Descubra agora