19. A Ilha Negra

8 4 0
                                    

"Infelizmente há momentos em que a violência é a única maneira de assegurar a justiça social" —T. S. Eliot

Finalmente chegamos a tão temida Ilha Negra, estávamos exaustas após as aventuras exaustivas no mar queria um pouco de descanso e dormir na área mas, logo que pisamos na área senti uma sensação estranha me invadir, uma sensação negativa que alimentava minha mente com pensamentos negativos.

A ilha era totalmente negra, não existia cores como de estivéssemos num filme preto e branco pois só via tudo preto e branco incluindo nossas roupas outrora coloridas estavam tudo a preto e branco, a ilha tinha sugado todas as cores.

— Como isso é possível? — Perguntei olhando em redor e pra mim.

— É a Ilha ela suga toda a cor existente. — Respondeu Linda abaixando-se e apanhou areia do chão e lentamente começou a despejar no chão. — Toda a alegria, esperança e felicidade e em troca ela dá tristeza e sofrimento... esse é um dos motivos que os marinheiros tanto a temem.

Ela ergueu-se do chão o rosto sério e o olhar penetrante.

— E qual é o outro motivo?

— Aquilo. — Ela apontou pra frente. E a poucos metros de nós, estendida sobre a areia estava um monte de criaturas mortas, monstros dos mais diversos tamanhos uns maiores que os outros e alguns com as cabeças arrancadas. — Parece que Qhawe tinha razão sobre a ilha.

— Meu Deus! Quem... Quem fez aquilo?

— Acho que não iremos gostar de saber. — Linda respondeu. — Olhe! — Ela indiciou pegadas, pegadas de pessoa que se espalhava pela praia toda, seja o que aconteceu aqui de certeza que houve uma tremenda luta.

— Pessoas fizeram isso? — Perguntei olhando em volta.

— Pessoas não. — Ela ergueu o seu dedo indicador. — Uma pessoa fez isso.

— Uma pessoa? Como isso é possível?

— Não sei, só sei que por onde quer que olhe as pegadas são as mesmas. — Levei os braços a cintura ainda perplexa com a cena.

Alguém tinha morto aquelas criaturas, alguém tremendamente insano as tinha morto e onde quer que eu olhasse não se via nenhum sinal do misterioso assassino, seja onde for tinha desaparecido.

Linda caminhou pela praia analisando as diversas criaturas, a Ilha Negra era um local que diversos monstros viviam, monstros terríveis e cruéis e matar todos eles era um feito e tanto, no mundo dos caçadores seria considerado um herói.

— Acho que sei onde o nosso suspeito foi. — Falou Linda apontado para o longe onde as pegadas de dirigiam.

— Você é acha que foi ela? — "Ela" a gente sabia de quem se referia.

— Não tenho a certeza... mas, a cada momento parece ser a única explicação possível. — Falou seguindo as pegadas. — Vamos? — Perguntou olhando pra mim.

As pegadas de dirigiam para o meio da ilha, onde a densa vegetação nativa selvagem nos aguardava, as folhas e as flores eram igualmente negras, não existia vida animal lá, o ambiente lá era tão violento que todos os poucos animais que habitavam a ilha tinham sido devorados pelos monstros.

Entramos na floresta, tudo estava silencioso não se ouvia nenhum barulho, nenhuma ave ousava se aproximar da ilha e dos perigos que ela oferecia, após a violenta tempestade que se abatera sobre nós o céu estava calmo, o chão estava alagado e meus pés estavam sujos com lama suja o que dificultava a nossa locomoção.

— Droga. Meus sapatos! — Falei erguendo o pé vendo os meus sapatos e infelizmente estavam totalmente imundos, a parte de fora se descoseu completamente fazendo com que eles se abrissem por completo e meus dedos tocaram na lama suja.

1.2 A FeiticeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora