1.2 A Feiticeira

7. As Três Chaves

"Não vamos tentar consertar a culpa do passado vamos aceitar nossa responsabilidade pelo futuro!"

A gente tombou a aparecer em uma rua sinuosa o sol já tinha se posto a rua estava vazia e silenciosa, o chão estava cheio de folhas velhas das árvores, o ar estava fresco como se tivesse terminado de chover estávamos em Outono e o inverno já batia as portas pronto pra mostrar a sua plenitude.

As pessoas apressavam-se em entrar nas suas casas pra ficar ao lado de suas famílias, uma casa em especial chamou a minha atenção, ao ver de longe pude contemplar rostos angelicais de duas crianças ajudando a mãe na refeição e preparando a mesa do jantar com os rostos sorridentes transbordados de alegrias esperando a chegada do pai.

Fora, uma figura se esgueirava pronta pra entrar em casa de vez em quando olhando pra o relógio checando pra ver se estava suficientemente atrasado, o que não adiantou muito visto que quando entrou em casa as filhas não se importavam se estava atrasado e simplesmente correram ao encontro do abraço do pai todas felizes como se tivessem recebido a melhor notícia do mundo, e realmente receberam.

Abaixei a cabeça, ver aquela cena linda despertou algo que eu não sentia a muito tempo, num momento eu desejei ser uma daquelas crianças esperando em casa toda feliz o retorno dos meus pais... Pais, só de pensar isso meu coração apertou agora eu simplesmente queria chorar.

Como pode sentir falta de alguém que nunca conheci?

- Jessica! - Disse Linda suavemente colocando a mão em meu ombro me despertando do transe como se soubesse o que eu estava a pensar.

- Sim? - Ela fitou os seus olhos nos meus como se estivesse a ler os meus pensamentos.

- O que iremos fazer?

O que iremos fazer? Era a única coisa que eu não tinha pensado, minha mente estava demasiado distante quer dizer... Lembro da última coisa que a imagem holográfica da minha avó dissera logo que aparecemos naquela rua: "Procure a minha marca". Dito isso desapareceu tão rápido e misterioso como apareceu me deixando mais dúvidas do que respostas.

- Não sei... - Respondi com sinceridade me sentindo mais confusa com tudo aquilo. - Talvez... A gente tem de procurar o seu símbolo mas... O que é?
Linda olhou ao redor procurando qualquer pista quando seu olhar de encontrou com o meu ela depressa desviou olhando pra o meu colar em meu peito olhando com os olhos semicerrados.

- Me mostra o colar. - Falou estendendo a mão relutando um pouco aquele colar era muito especial pra mim e só de saber que minha avó o usou acabara de o tornar mais especial ainda o que pra mim era difícil tirar do peito. - Eu prometo que o devolvo só preciso checar alguma coisa.

- Tá bem. - Falei assentindo e o tirando do peito. Ela. Analisou o colar olhando de um lado pra o outro procurando qualquer pista.

- Aha! Eu sabia. - Falou sorrindo triunfante me mostrando o que descobriu. - É isso que sua avó quer que procuramos. - Atrás do colar tinha o desenho de um pequeno beija-flor.

- Mas, o que significa?

- Não sei... Mas, como estamos numa rua repleta de casas talvez devamos procurar a casa que tenha esse símbolo. - Sugeriu Linda dando de ombros.

- Certo. - Dito isso começamos a procurar. Não demorou pouco mais de 5 minutos até encontrarmos a casa, ficava bem no fundo da rua e o símbolo encontramos bem na maçaneta da porta.