De três coisas Alyssa estava convicta. Primeira, ela tinha enlouquecido. Segunda, havia uma parte dela - e ela realmente não sabia o quão longe essa parte poderia ir - que gostava de toda a situação.
E terceira, ela estava muito ferrada, mas também...
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"Eu não sei o que você está procurando. Você não achou, isso é fato. Você me dilacerou, e me espalhou por aí. Na poeira da ação do tempo. E este não é um caso de luxúria, você pode ver. Não é uma questão de eu contra você. Está tudo bem no jeito que você me quer da sua maneira. Mas no final eu sempre fico sozinha. Estou perdendo meu jogo favorito. Você está perdendo sua mente de novo. Estou te perdendo, perdendo meu jogo favorito. "
No refeitório lotado, com mais de metade das cabeças voltadas para nós, eu continuei ouvindo as vozes de Lauren e Jessica se misturando com as conversas de fundo enquanto Angela tentava acalmar os ânimos como uma boa conciliadora. Os olhos de Jess estavam prestes a sair das órbitas e isso piorou consideravelmente quando ela e Lauren miraram minha mão machucada em uma sincronia perfeita.
― Aonde você enfiou a sua mão? ― se a sincronia tinha sido perfeita antes, realmente me assustou quando elas perguntaram ao mesmo tempo.
Balancei a cabeça me lembrando de que essa também tinha sido exatamente a reação de Emmett. Uma coincidência muito louca, ou de fato as pessoas só gostavam de me lembrar que minha mão estava parecendo um órgão alienígena transplantado no meu próprio corpo.
― Meninas, eu prometo voltar para essa bela conversa que estamos tendo aqui, mas primeiro eu preciso fazer um bem para a humanidade. Se vocês me dão licença, obrigada ― elas saíram da frente, com expressões bastante desconfiadas, mas totalmente curiosas, e durante todo o meu trajeto até a mesa dos futuros pombinhos que eu pretendia transformar em purê, eu senti o olhar das minhas amigas praticamente perfurando as minhas costas.
Elas estavam irritadas. Com razão. Mas, primeiro, os negócios. Depois a diversão.
― E aí, casal! Como vai essa vida? Tudo tranquilo no paraíso dos apaixonados? Deve estar, não é mesmo? Porque vocês até se esqueceram de algo hoje cedo, tipo, EU, e isso é uma coisa que eu jamais faria com vocês só para constar... ― me sentei de frente para eles sem pedir licença, e a cada palavra dita era um sorriso debochado seguido de um falso choro.
Se existisse um prêmio para atriz mais charlatã, eu com certeza causaria inveja nas atrizes de novelas mexicanas.
― Minha própria irmã gêmea... O topetudo que eu mal conheço e já considero... Cara, isso doeu profundamente no meu coração. Eu tenho sentimentos, sabia?
É claro que eu não mataria ninguém. Eu nem tinha armas para isso. Ao menos, não tinha a menor aptidão para assassina. Não que eu soubesse de qualquer forma. E matar os dois idiotas de vergonha não era nenhum crime. Na verdade, me satisfazia bastante.
― Seu tempo com a Rosalie parece ter sido proveitoso ― Edward foi o primeiro a se manifestar, me encarando em um misto de desagrado e frustração, como se realmente estivesse se esforçando para me ler, e esse tivesse sido o máximo que conseguiu.