Enquanto eu te Esquecia (KathLin)

15. Confronto

Déjame - Erick Rubin

Déjame intentarlo otra vez
Me deixe tentar outra vez

Se que he tropezado y es justo ya lo se
Eu sei que tropecei e é justo, eu sei

Mírame a los ojos aquí estoy
Olhe em meus olhos, eu estou aqui

Tengo mucho miedo de perderte
Tenho muito medo de te perder

Y no hay razón
E não tem motivo

POV Kath

- Vou dar uma volta por aí, tomar um café. Te encontro aqui daqui uma hora, tudo bem?

Eu e Lin estávamos na frente do consultório da psiquiatra dela. Lin estava com uma das mãos na maçaneta, já pronta para entrar na recepção e a outra com os dedos ainda entrelaçados nos meus. Ela concorda com a cabeça, um sorriso doce nos lábios.

- Tá bom, me traz um milk tea?

Abro um sorriso ainda maior que o seu. Antes da separação esse era meio que uma rotina nossa. Eu a deixava no consultório, matava tempo no café ali próximo até que sua terapia finalizasse e sempre lhe trazia um grande copo de milk tea. Sinto que nossas rotinas iriam voltar gradativamente ao que eram e sentia meu coração aquecer com essa perspectiva.

Me inclino, dando um leve beijo em seus lábios antes de me afastar.

- Trago sim, te vejo mais tarde.

Lin solta meus dedos e me observa enquanto me afasto em direção ao elevador. Aceno para me despedir dela quando a vejo entrar pela porta do consultório enquanto aguardo o elevador chegar ao andar que estava. Assim que entro no elevador, uma mensagem em meu celular chama minha atenção. Era Song.

Respiro fundo, olhando para seu nome seguido de mais umas 10 mensagens e 2 ligações perdidas, isso só na última hora. Me lembro do que ela havia feito e podia sentir como aquilo embrulhava meu estômago e deixava um gosto amargo em minha boca. Sabia que ela não me deixaria em paz, isso era óbvio. Quanto mais eu a ignorava mais ela me ligava e procurava por mim. Ela continuaria a me mandar mensagens, me ligar, talvez até ir na casa da minha mãe ou até mesmo na minha casa com Lin me procurar, e eu realmente não queria que ela chegasse nem à um centímetro perto de Lin.

Eu precisava resolver aquilo urgente.

Calculo rapidamente o tempo em minha mente. Eu teria um pouco mais de uma hora para ter que voltar para buscar Lin. O que eu queria fazer levaria menos de 10 minutos e o apartamento de Song não era tão longe daqui, uns 15 minutos talvez. Decido de última hora, assim que a porta do elevador se abre para a garagem que eu iria resolver tudo naquele instante. Iria até lá e terminaria o que quer que fosse que Song pensasse que tivéssemos, pediria para ela nos deixar em paz e seguir sua vida, assim não precisaria envolver Lin ainda mais nisso. Eu gostava dos ciúmes de Lin, mas não queria que eles chegassem ao ponto de magoa-la. E Song sabia bem como magoa-la.

Rapidamente chego no condomínio de Song, levando os exatos 15 minutos que eu tinha imaginado. O porteiro liga para ela para poder liberar minha entrada, o que ocorre rapidamente. Estaciono na vaga de visitantes e subo pelo elevador com passos firmes, já sentindo o rancor deixar meu corpo retesado. Nunca tinha vindo em sua casa, mas o porteiro havia me informado o número do seu andar e apartamento, o que encontrei com facilidade. 10 minutos, era tudo que eu precisava.

Duas batidas na porta e menos de meio minuto foram o suficiente para que a porta se abrisse e Song me recebesse com um sorriso sedutor, já abraçando meu corpo e procurando meus lábios que rapidamente desviei pois já sabia como ela agiria. Ela era ardilosa e eu precisava tomar cuidado para que ela não confundisse nada.