O VIKING - QUANDO O AMOR SURGE

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ANOS DEPOIS...

Guiel, o jovem príncipe de sangue misto, caminhava com a postura de um líder nato, herdada de Ragnar, seu pai, e com a graça de Amélia, sua mãe, cuja linhagem inglesa lhe conferia um ar de nobreza que transcendia as fronteiras de qualquer reino. Seus olhos refletiam a determinação dos mares que seus antepassados vikings navegaram, e seu sorriso tinha o poder de acalmar as tempestades mais selvagens.

Naquela noite, a realeza inglesa abriu suas portas para a festa mais esplêndida do ano, e Guiel foi o centro das atenções. Vestido com um traje que mesclava a robustez viking com a elegância inglesa, ele representava a união de dois mundos outrora em conflito. Kell, seu leal escudeiro e amigo, permanecia ao seu lado, um testemunho vivo da amizade que ultrapassava as barreiras do dever.

A festa brilhava sob a luz de mil velas, e as conversas giravam em torno do príncipe meio viking, meio inglês. Guiel, com a sabedoria de seu pai, sabia que aquela noite era mais do que uma celebração; era um símbolo de paz e de um futuro promissor, onde, talvez, vikings e ingleses não seriam mais definidos por suas diferenças, mas pela harmonia que poderiam construir juntos.

"As festas dos ingleses são tão diferentes da nossa Guiel. " falou Kell.

"Mais animadas quis dizer!" Falou Guiel em um tom baixo a onde só os dois podiam ouvir.

"Sinto falta da cantoria e da dança animada." Falou Kell.

"Só estamos aqui pela diplomacia, em breve voltamos para casa." Guiel andou elegantemente pelo salão.

A filha do rei inglês chamada Mariana estava ali admirando a festa com o olhar atento.

Em um canto recluso do salão, sob o brilho suave das tochas, Vilma e Mariana sussurravam confidências. Vilma, com um sorriso malicioso, não poupava elogios ao príncipe Guiel, cuja beleza era assunto entre todos os presentes.

"Você viu como ele se move com tal graça? É como se tivesse sido esculpido pelo divino," comentou Vilma, seus olhos brilhando com admiração.

Mariana, por outro lado, mantinha uma expressão neutra, quase indiferente. "Beleza é relativa, Vilma. E a aparência não é tudo," respondeu ela, desviando o olhar para a multidão.

Vilma riu baixinho. "Ah, Mariana, até parece que você não sente o mesmo que todos aqui. Será que o coração da princesa já está comprometido, ou seria medo de admitir que está tão encantada quanto o resto de nós?"

Antes que Mariana pudesse responder, seus olhos encontraram os de Guiel. O tempo pareceu parar, e uma conexão invisível os envolveu. Guiel, com a curiosidade aguçada, manteve o olhar, tentando decifrar a princesa que desafiava sua fama de conquistador. Mariana, sentindo-se desnudada por aquele olhar intenso, rapidamente se voltou para Vilma, escondendo o rubor que lhe subia às bochechas.

"Não é nada disso, Vilma. Apenas... apenas não me deixei levar por primeiras impressões," disse Mariana, sua voz quase um sussurro.

Vilma, percebendo a mudança sutil na amiga, sorriu com cumplicidade. "Claro, Mariana. Primeiras impressões nunca são o bastante, não é mesmo?"

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