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Amélia movimentou os lábios nervosa, era a primeira vez que ficava sozinha com um homem.
Ela sabia o que iria acontecer a seguir, o medo dela era se iria doer e como ele a trataria.

- Eu não vou negar que sua beleza me atrai muito, mas não vou te forçar a nada.

Ela o olha com esperança.

- Você é o primeiro homem que eu fico sozinha... e me tocou.

Diz ela tímida. Ragnar sorri.

- E importante que confie em mim. Vou te ensinar a lutar.

Ele cheira o cabelo dela.

- A lutar?

- Sim, todas as Vikings sabem empunhar uma espada e agora você Amélia de Aragão é uma Viking, minha mulher e a rainha.

Amélia morde os lábios.

- Eu não sei se estarei a altura dessa responsabilidade.

Ragnar segura o queixo dela, fazendo Amélia o olhar nos olhos.

- Eu sei que está...

Amélia sorri. Ragnar chega mais perto, Amélia fecha os olhos rendida, esperando ele tocar em seus lábios. Ragnar beija a testa dela.

- Vou deixá-la descansar.

Amélia abre os olhos surpresa. Ragnar fica de pé.

- Eu pensei que... iamos... -ela gagueja.

- Eu sei que pensou e acredite eu também pensei. Não sei o que está havendo comigo... tenho consciência que hoje foi um dia longo para você Amélia, então vamos descansar.

Ele ajeita as pernas dela encima da cama e a cobre.

- Vou deitar ao seu lado. Nada acontecerá hoje Amélia, fique tranquila. Teremos nossa noite em breve.

Amélia se cobre, Ragnar deitou ao seu lado na cama.

- Obrigado. -diz ela.

Ragnar fica em silêncio, minutos depois ele escuta a respiração de Amélia ficar serena e tranquila. Ele vira de lado, olha para Amélia adormecida.

***

Tudo caminhava para ser um dia qualquer no feudo, os homens lutavam no pátio, as mulheres carregavam trouxas de roupas, outras cozinhavam.

Amélia acordou, ao ver o lugar estranho se assusta, mas logo lembra do dia anterior, sua saída de casa e seu casamento com Ragnar.

Ela olhou para o lado e não vê Ragnar seu marido. Passou as mãos nos cabelos os ajeitando, levantou da cama. Alguém abre a porta, era sua criada Kára.

Amélia ficou tão feliz em vê-la que correu para abraçá-la.

- Pensei que não fosse mais vê-la Kára.

- Eu também... mas hoje de manhã a Rene me informou que o rei Ragnar pediu que eu a ajudasse a se preparar para o dia.

Amélia notou o olhar interrogativo de Kára ao olhar para a cama.

- Não aconteceu nada.

- Não consumou?

Amélia balança a cabeça em negativa.

- Mas por que?

- Ele me deu um tempinho para me acalmar depois do conturbado dia que tive ontem. Acredita?

- Seu marido é muito cuidadoso.

- É.

Amélia se preparou para o dia. Assim que saiu do quarto foi conduzida para a sala de refeição, ali havia muitas cadeiras e mesas. No centro da sala estava a cadeira de Ragnar e a dela.

Ela foi até ele.

Amélia se sentou ao lado de Ragnar. Assim que ela se senta, a comida é servida.

Ela olha para tudo aquilo.

- Se sente bem? -pergunta ele.

- Não estou acostumada a estar no meio de muitas pessoas.

Ragnar segura sua mão.

- De agora em diante é assim que será. Não precisa mais se esconder.

O coração dela fica acelerado.

Um dos oficiais de Ragnar chega perto dele.

- Desculpe incomodar sua refeição meu rei, mas tenho uma informação importante.

- Diga

- Soube por meus vigilantes que os caminhos estão fechados, estão procurando um tesouro perdido nas terras altas. -falou o oficial.

Ragnar entendeu o recado.

- Após o café da manhã reúne os chefes das tropas, quero falar sobre o que vamos fazer.

- Vou fazer isso meu rei.

O oficial saiu.

Amélia ouviu a conversa e perguntou a Ragnar.

- Problemas?

- Nada grave, fique tranquila.

Ele não queria alarmar, mas ele sabia que o tesouro que estavam procurando estava sentado ao lado dele e de nome Amélia, sua esposa.

***
Instagram @avelinoescritora

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