Massagem.

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Capítulo 13

Já havia se passado alguns meses desde que a vida de Sunghoon mudou por completo, agora ele se sentia mais preenchido com a presença dos gêmeos e de Heeseung, que fazia de tudo para estar com os três a todo tempo. Faltava poucos dias para o aniversário de um ano dos bebês, o Park estava planejando tudo junto de Sunoo que já estava de volta na cidade após ter se formado um mês atrás. Seria uma festa simples, até porque iria poucas pessoas e o apartamento era pequeno para que coubesse muita gente, então seria tudo na maior simplicidade, mas tudo feito com amor. Mina também ajudava com as sugestões de decorações, Jihyo se denominou a confeiteiro e deu um passo a frente para fazer o bolo deles, Heeseung comprava as lembrancinhas e Jungwon procurava por fantasias de acordo com o tema.

— Eu encontrei essa do Buzz Lightyear e do Woody. – mostrou as fantasias que comprou para os gêmeos, sendo aprovado por Sunghoon.

Durante todos esses preparativos, Sunghoon era o único que fazia menos coisa, estava mais empenhado em entregar seu currículo em alguns centros de saúde e hospitais, esperando ansiosamente pela ligação de algum. No meio da semana, Park acabou tendo uma crise forte após Jake se acidentar e Heeseung teve que ficar com ele o tempo todo, cuidando dele e do bebê. Tirando aquele incidente, o resto dos dias foram se passando tranquilos e faltava apenas vinte e quatro horas para o aniversário, e todos estavam mais que animados com isso. Sunghoon estava para lá e para cá arrumando as coisas para o dia seguinte, enquanto o Lee trocava o curativo do joelho de Jake e olhava Jay brincar no cercadinho.

Por mais que não fosse bom com palavras, Sunghoon agradecia com abraços e beijos todos os favores que Heeseung o fazia, sabia que poderia contar com ele para o que der e vier e era grato por isso todos os dias. Não conseguia mais imaginar sua vida sem ele, até porque o Lee sempre fazia questão de estar com os três e já era de se esperar encontrá-lo todas as manhãs fazendo o café da manhã — depois de meses de convivência, Sunghoon fez uma cópia de suas chaves e deu a Heeseung. Poderia ser até coisa de sua cabeça, mas Park o via mais que um amigo, mais que um vizinho e mais que uma babá para seus filhos; talvez ele sentisse por Lee o que nunca sentiu por ninguém antes, e por mais que fosse confuso, aquele sentimento era gostoso.

— Papai, papai. – Jay chamou pelo Park mais velho, que logo deixou a louça suja de lado para ir ver o que o filho queria.

O pequeno aprendeu palavras novas naqueles últimos tempos, tudo sendo ensinado com cautela para ele não se confundir. E por conta disso, sempre o encontravam falando pelas paredes.

— Papai, papai! – continuou chamando, impaciente pela demora do maior.

— Oi meu amor? O papai já está aqui. – se agachou na frente do menor, ficando de joelhos para não cansar as costas.

— Binca' papai. – entregou um brinquedo nas mãos do Park. — Keke não binca'.

— O Keke não pode brincar agora, ele tá dodói. – mostrou o bebê tristinho deitado no colo de Heeseung. — Papai brinca com você.

E logo os dois começaram a brincar juntos sendo observados pelos outros dois que estavam sentados no sofá. Jake olhava para eles com um beiço, queria ir brincar mas seu joelho ainda estava sensível e Sunghoon tinha medo de machucar outra vez; todo cuidado era pouco. As vezes Jay ia até o irmão engatinhando e lhe dava um brinquedo pequeno, falava nada com nada e beijava ao redor do curativo para sarar. Aquela era sua maneira de demonstrar amor; beijinhos. E quando chegou a hora de comer, eles já conseguiam segurar suas mamadeiras, então os mais velhos apenas ficavam por perto observando, e logo puderam ver Jay usar uma das mãos para fazer um cafuné no irmãozinho que pegou no sono rapidamente. Heeseung acordou o mais novo para arrotar e em seguida o pôs para dormir de novo, logo foi a vez de Jay ir dormir e assim os mais velhos se jogaram na cama de Sunghoon para descansar.

— Que dor nas costas... – o mais novo resmungou.

— Eu posso te fazer uma massagem. – Heeseung o puxou para perto e selou sua testa.

— Não precisa... – devolveu o selar com um nos lábios dele.

— Você tem que aprender a aceitar o que eu digo. – deu um tapinha na coxa do Park e logo se levantou para pegar o creme de massagem. — Se prepara.

Sunghoon fez um bico por conta do tapa e rapidamente retirou sua camisa e ficou de bruços na cama, Heeseung voltou até onde ele estava e subiu devagar até se sentar por cima da bunda do mais novo. Despejou um pouco do creme nas mãos e espalhou pelas costas dele, começando a massagea-lo com delicadeza.

— Desse jeito a dor não vai passar. – o mais novo disse abafado, seu rosto estava afundado no travesseiro.

— Tem que agradecer que tô fazendo. – se inclinou para selar o pescoço dele, levando suas mãos até os ombros largos e massageando ali, agora com um pouco mais de força. — Está bom assim?

— Uhum... Está uma beleza. – disse virando o rosto e sorrindo de canto para ele. — Ah, Hee... Isso.

Heeseung sentiu suas bochechas ficarem quentes ao ouvir aquilo, não sabendo o que dizer ou fazer. Continuou com a massagem, tentando espantar os pensamentos obscenos toda vez que Sunghoon resmungava alto de uma maneira diferente. O Lee não negaria que o mais novo é incrivelmente atraente, tanto na personalidade quanto na aparência, então não era de tanta surpresa ter reagido daquela maneira. Sentir a pele do Park daquela forma era bom, ela era macia e muito boa de apertar, mas toda vez que fazia isso, Sunghoon suspirava ou gemia em aprovação.

— Melhorou? – parou a massagem, saindo de cima dele e ficando sentado ao seu lado.

— Muito. – deitou de costas no colchão. — Obrigado, Hee.

— Não há de quê.

— Você deveria ser massagista, sabia? Sabe bem usar as mãos.

Heeseung riu da fala dele, levando ela para dois sentidos diferentes.

— Seu tarado! – Sunghoon deu um tapa no braço dele, entendendo o motivo de sua risada. — Não falei nesse sentido!

— Tudo bem, me desculpe por isso! Mas não precisa me agredir. Isso é agressão contra animais. – tocou onde foi estapeado e fez um bico. — Não pode machucar gatinhos.

— Você tá mais para um veado.

— Não sei se foi elogio ou xingamento.

Os dois caíram na gargalhada, até que Heeseung ficou sério ao perceber que o Park ainda estava sem camisa.

— O que foi? – perguntou confuso pela mudança de humor dele.

— Nada. – desviou o olhar do dele, seu rosto estava avermelhado.

— Certeza? Você está todo vermelho.

— É calor.

Sunghoon pareceu aceitar aquela resposta e voltou a ficar aconchegado na cama, enquanto Heeseung tentava assimilar todo que estava sentindo pelo mais novo e se deveria conversar com ele sobre isso ou se ficaria para si mesmo. Não sabia ao certo se ele retribuiria seus sentimentos ou não, assim como não sabia se seria visto como um emocionado. Mas eles sempre estavam aos abraços e beijos, então porquê tinha tanto receio?

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