Capítulo 12

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15:50h.

Dante ficou comigo. Não me afastou de seus braços até que eu estivesse me sentindo minimamente melhor.

Amélia e Jacks foram em um shopping próximo para comprar roupa e mais algumas coisas. Dante disse que o melhor a se fazer era permanecermos aqui por segurança, mas em breve vamos voltar para Nova York.

Meu pai, Lorenzo e Javier – pai de Jacks – eram muito conhecidos no mundo da máfia. Ambos chefes de seus próprios negócios. De acordo com o que Dante me disse - que praticamente implorei para que o mesmo me contasse alegando que eu estava bem e aguentava saber sobre tudo - eles não eram apenas conhecidos por possuírem um império enorme. Eram conhecidos por serem perigosos e destruir qualquer um que entrasse em seu caminho. Eles trabalhavam juntos, por isso meu pai falou que conhecia Lorenzo a anos.

Toda essa bagunça aconteceu por um acordo que não foi cumprido com o que era prometido. Se manterem longe do território que não era seu. Eles tentaram estabelecer um certo tipo de trégua com uma gague rival que possuíam uma rixa de tempos, algo que começou muito antes deles. Muito antes deles assumirem como chefes. Um descuido acabou acontecendo por parte de um dos que trabalhavam pra máfia de Lorenzo, um descuido que acabou levando a um assassinato. Isso acabou indo muito além e meu pai e Javier acabaram se envolvendo.

Como foi visto no baile, não estão muito felizes com isso e querem resolver na base da conversa. Uma conversa que não envolve palavras.

Parece até piada a palavra perigoso e meu pai na mesma frase. Ele me passava uma energia de que não faria mal nem pra uma mísera borboleta. Minha visão dele mudou completamente, eu não sabia dizer como o via agora.

Eu estava magoada. Magoada por ele ter escondido isso de mim e da mamãe, sabendo que corríamos perigo. Mas também sinto medo de tudo isso, não sei como as coisas vão funcionar agora.

— Onde diabos estão esses dois? — perguntei olhando para a porta, esperando que magicamente eles fossem passar por ela. — Quero tomar banho, não aguento mais esse vestido. — cruzei os braços no peito e encostei as minhas costas no sofá da sala.

— Se quiser posso te emprestar uma camiseta minha... — Dante disse, enquanto seus olhos estavam no computador. — E uma calça moletom.

— Ah, não... — olhei em sua direção. — Já estou dormindo na sua casa e comendo da sua comida, não preciso começar a usar suas roupas.

Ele finalmente olhou pra mim e fechou o computador logo em seguida.

— Giselle, por favor não pense que está me incomodando. — falou tranquilo. — E fui eu quem a trouxe pra cá.

Ele levantou da poltrona, indo em direção as escadas.

— Tome um banho, vai ajudar a relaxar o corpo. Vou deixar as roupas em cima da cama pra você. — e subiu as escadas.

Se ele estava insistindo, quem sou eu pra negar? Preciso de um banho agora ou vou enlouquecer!

Subi as escadas e fui em direção ao quarto. O quarto dele. Amélia está dormindo no quarto de hóspedes e tenho certeza que a cama deve ser de casal, vou me mudar pra lá. Ele vai querer dormir na cama dele hoje a noite.

Abri a porta e o vi saindo do closet com algumas roupas e uma toalha nas mãos. Colocou em cima de cama e foi em direção a porta.

— Tem sabonete e outras coisas dentro do armário na suíte, só pegar. — e saiu, trancando a porta atrás de si.

Olhei para a cama e peguei a camiseta na mão. Era preta e obviamente bem grande, iria servir. Peguei a toalha e fui em direção a porta da suíte.

Ele tem bom gosto. Era bem perceptível que Dante amava tons escuros, sua casa era toda em uma vibe moderna e chique. Parece que tínhamos gostos parecidos para decoração.

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