Capítulo 28

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DANTE BELVOIR

Passei praticamente a tarde toda fora de casa. Jacks me chamou para irmos acertar algumas coisas em relação o racha de sábado e não achei que levaria tanto tempo. No processo acabamos revendo velhos amigos. E como eu senti falta desses malucos!

Estive por aqui em Los Angeles com Jacks uns meses atrás e conhecemos essa galera que ama uma velocidade tanto quanto a gente.

Tudo estava certo, sábado de madrugada iria acontecer um racha nessas ruas iluminadas.

Senti falta dessa adrenalina, faz pouco tempo que participei de um racha, mas as coisas por aqui na Califórnia costumam ser mais agitadas e isso só me deixa mais eufórico.

— Vai me dar a honra de competir contra você? — Jacks debochou.

— Com certeza vou lhe proporcionar a honra de perder pra mim.

Comecei a rir e Jacks me acompanhou, mas não sem antes me dar uma cotovelada.

De longe avistamos a mansão que já brilhava com as luzes acessas. Destravei o portão com o controle e Jacks seguiu até um local específico para estacionar o seu carro. Descemos e seguimos em direção a porta de entrada.

A mansão estava em silêncio.

— Onde elas estão? — Jacks ao meu lado, perguntou.

Uma gargalhada foi ouvida vindo da área da piscina. Eu reconhecia muito bem esse som para saber exatamente de quem era.

Pela janela de vidro, que parecia mais uma parede do que uma janela, vi Giselle e Amélia brincando com uma bola de praia na piscina. Segui com Jacks logo atrás de mim até a porta que dava acesso a área.

— Vejo que fizeram a festa enquanto estávamos fora. — disse olhando especificamente para Giselle.

Ela sorriu pra mim e saiu da piscina vindo em minha direção. Não consegui deixar de reparar no biquíni preto que ela usava em seu corpo. Eu amo como a minha cor favorita fica linda nela.

— O que vocês dois estavam aprontando? — Amélia disse logo atrás da amiga.

— Sábado vocês descobrem. — o loiro respondeu.

Giselle olhou pra mim e vi um sorriso se formar em seus lábios. A atrevida já entendeu.

— Tá bom, então. — Amélia cruzou os braços e olhou pra mim. — Dante, tem bebidas por aqui?

— Me lembro de Damiano ter falado que possuía uma adega de vinho.

— Porra, eu quero. — Giselle passou por mim e pegou suas coisas em cima da espreguiçadeira, logo indo em direção a porta lateral da mansão. — Pega umas garrafas pra gente, vou tomar um banho!

Ela gritou e sumiu no andar de cima.

— Com licença, estarei indo fazer o mesmo. — e a ruiva sumiu também.

— Acho que a gente também precisa de um banho.

Concordei com o loiro e seguimos adentro. Antes de subir, fui em direção a adega pegar algumas garrafas. Ela ficava em uma sala ao lado da cozinha. Acendi as luzes e percebi um enorme estoque de vinho de várias datas, fiz questão de pegar os mais velhos.

— Jacks, me ajuda aqui. — gritei para o mesmo.

O loiro apareceu na porta e entreguei três garrafas pra ele e peguei mais duas.

— Tudo isso?

— Eu bebo uma garrafa dessa sozinho, não exagera.

Ele começou a rir e seguiu até a sala, deixando as garrafas em uma mesa de madeira circular ao centro. Fiz o mesmo, voltei para a cozinha e peguei as taças.

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