Capítulo 21

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Me virei de bruços na espreguiçadeira para esquentar o outro lado do meu corpo. Dante estava ao meu lado em outra espreguiçadeira, mexendo em alguma coisa no celular. O vinco no meio de suas sobrancelhas provava que era algo importante.

— Que dor de cabeça dos infernos. — Jacks reclamou de dentro da piscina. — Ainda recebi uma pancada que melhorou tudo.

— A culpa é minha? — a ruiva protestou enquanto saía de dentro da piscina. — Não mandei dormir em cima de mim.

O sorriso que o loiro abriu pra ruiva me fez pensar que algo tinha acontecido ontem a noite entre esse dois. Vou fazer Amélia abrir a boca mais tarde.

— Aconteceu algo? — perguntei ao moreno. Deitei minha cabeça sobre as mãos e olhei pra ele.

— Nada demais. — suspirou. — Estão me perturbando por ter mais de duas semanas sem alguma corrida.

Dante falou essa última parte mais alto, chegando aos ouvidos do loiro que o encarou.

— Isso está começando a ficar insuportável. — reclamou. — Faço isso por diversão própria, não pela dos outros.

— Você é praticamente o evento, sem você não tem. — Jacks disse. — Eles que se fodam, quando você decidir o racha acontece.

Meu coração se animou com a sensação de ir em mais uma. Principalmente se eu puder participar novamente.

Amélia se aproximou de mim e deixou um tapa na minha bunda. Olhei pra ela com olhar de repreensão, mas comecei a rir quando ela piscou pra mim. A ruiva me ofereceu um suco de laranja e me sentei para pegar.

— Acho que vou deitar um pouquinho também.

Deixei o copo na mesinha e me levantei indo em direção a escadinha para entrar na piscina. Mergulhei e fui até a ponta, vendo as ondas que o iate deixava na água quando passava. O sol não estava tão forte, porém em breve iria ter que retocar o protetor solar. Não quero parecer um camarão mais tarde.

Senti braços ao redor da minha cintura, chegando por trás. Reconheci o toque de Dante e o beijo que ele deixou no meu ombro.

— Estou de vela, vazei. — Jacks disse e Amélia começou a rir alto. Ela o encarou por cima dos óculos escuros e tive a impressão de vê-la analisar o mesmo de cima a baixo, mas logo voltou a se deitar.

— Está de vela por opção. — Dante murmurou baixinho e me engasguei com uma risada.

Coloquei os braços na borda da piscina e me deitei sobre eles, sentindo Dante passar os dedos pela extensão da minha coluna.

— Tem um presente esperando por você amanhã. — ele disse. Levantei a cabeça e o encarei.

— O quê? — me empolguei com o suposto presente.

Ele sorriu sacana.

— Só vai descobrir amanhã.

— Maldade.

— Maldade é você com esse biquíni na minha frente e eu não estar podendo arrancar ele. — sussurrou no meu ouvido fazendo borboletas voarem descontroladas em meu estômago.

— Uma pena. — provoquei e me esfreguei nele. O senti apertar o meu quadril, me impedindo de mexer o mesmo.

Comecei a rir. Eu com certeza não estou tendo muito amor a minha capacidade de andar. Me virei de frente a ele e coloquei as mãos em seu peito, subindo até o seu pescoço e o puxando pra mim pela nuca.

— Saudades da minha boca? — sussurrou com a boca próxima a minha. O beijei em resposta.

Suas mãos desceram até o meu quadril, apertando. Foi um beijo lento com direito a algumas mordidas e chupões.

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