ADRENALINA

Capítulo 27

O sol da manhã adentra pelas cortinas de forma suave.

Me sento na cama e percebo a mesma vazia ao meu lado e sem a presença do moreno que dormiu aqui.

Esfrego os olhos bocejando. Uma movimentação no banheiro chama a minha atenção e meus olhos vão de encontro a porta e se atentam ao homem que logo em seguida sai.

Dante estava com uma toalha amarrada na cintura e o cabelo levemente úmido, provando que acabou de sair do banho.

— Bom dia, dorminhoca. — ele diz indo de encontro a sua mala.

— Bom dia. — respondo com um sorriso no rosto.

A toalha que antes estava em sua cintura, é jogada em cima do braço de uma poltrona, me agraciando com uma bela visão logo pela manhã.

Ele veste uma box preta e uma calça moletom cinza, tudo isso sobre o meu olhar curioso nele. Não consigo desviar os olhos, principalmente do V marcado que ele tem abaixo do abdômen. A vontade de passar as unhas naquele local...

— Gostou da visão? — sorri sacana.

— Exibido. — abro um sorriso de volta e me levanto da cama indo em direção ao banheiro.

Tomo um banho rápido com a água morna do chuveiro, acordando e relaxando o meu corpo ao mesmo tempo. Aproveito ainda estar no banheiro e escovo os meus dentes.

Quando saio, Dante está deitado na cama com os braços atrás da cabeça. Seu olhar encontra o meu e desce pelo meu corpo enrolado na toalha.

— Não, não vou fazer um showzinho particular. — mando um beijinho no ar.

— Maldade. — fez beicinho, me arrancando uma risada sincera. Abri a minha mala e comecei a procurar uma roupa confortável.

Dois toques foram ouvidos vindo da porta do quarto e Dante foi até a mesma atender, abrindo só o suficiente para sua cabeça passar.

Reconheci a voz de Jacks, mas não me dei ao trabalho de tentar entender sobre do que se tratava a conversa e continuei separando minhas roupas. Uma saia bege, que chegava até a metade das minhas coxas e uma blusinha de alças finas na mesma cor. Por cima escolhi colocar uma sobreposição de crochê de manga longa na cor branca.

Confortável e bonito.

— Certo, daqui a pouco eu desço. — Dante disse.

Ele fechou a porta e senti ele se aproximando de mim e passar os braços ao redor da minha cintura.

— Vou sair com o Jacks, viu? — falou, deixando um beijinho na minha nuca. — A gente vai e volta rapidinho, vamos resolver umas coisinhas.

Virei o rosto para encontrar seus olhos. Ele abriu um sorriso e levantou o meu queixo para deixar um selar em meus lábios, e depois outro em minha testa.

— A cozinha é toda sua e da Amélia, podem escolher o que quiserem para comer.

Abri um sorriso e assenti.

— Certo, agora pode deixar eu me vestir? — provoquei. — Não sei se percebeu, mas ainda estou de toalha.

Ele sorriu pra mim e desfez o abraço.

— Já que está me expulsando, estarei saindo. — disse, levantou as mãos em rendição e foi em direção a porta. — Me sinto magoado, mas tudo bem, faz parte da vida.

Fez uma cara de quem estava sofrendo e pós uma mão no coração. Alguém contrata esse ator para um filme de drama, por gentileza.

Ele pegou uma camiseta preta em sua mala e a vestiu.