ADRENALINA

Capítulo 30

— Finalmente, obrigada meu Deus! — Amélia levantou as mãos para o alto e eu estava vendo a hora dela se ajoelhar e começar a fazer uma oração.

— Pare com isso, sua doida! — a repreendo, mas não consigo evitar o sorriso em meus lábios.

Amélia me abraçou, já era a terceira vez. Está fazendo isso desde que a contei que estou namorando.

Namorando com Dante.

Meu coração ansioso se remexe no peito com a menção de seu nome em meus pensamentos. Já falei como estou carente dele? E eu o vi hoje de manhã, por Deus!

Dante saiu com Jacks novamente para organizar o racha que iria acontecer nesse sábado. Eles seriam a atração principal, o lugar estaria lotado por pessoas que estavam ali apenas para vê-los correr.

— Quando vai ser o casamento? — ela perguntou, os olhos brilhando.

— Pelo amor de Deus, Amélia!

— Espero que esteja ciente que eu quero ser a madrinha.

Uma gargalhada escapou de meus lábios. Amélia é com certeza uma das melhores pessoas que eu poderia ter em minha vida.

Depois de prepararmos um café da manhã reforçado, resolvemos fazer uma breve faxina na cozinha e sala. A mansão era enorme e se a gente inventasse de limpar ela, passaríamos o dia fazendo isso. Então por hora, só a cozinha e a sala.

The Weeknd tocava no meu celular com o volume no máximo enquanto a faxina era feita. Com a vassoura na mão eu a fazia de microfone, assim como Amélia com seu espanador.

Momentos como esses eram inesquecíveis, coisas simples e especiais assim ficam guardadas no coração. Não é preciso de muito para poder sorrir além de estar com alguém que te faz bem, ou até mesmo estar fazendo algo que goste.

— Lia, você viu um pano vermelho por aí? — gritei enquanto terminava de varrer a sala.

— Sim, já vou levar! — gritou de volta, da cozinha.

Não demorou muito para um pano ser arremessado em minha direção, o peguei com um agarre e Amélia bateu palminhas pela mira.

— Acho que terminei aqui, quer ajuda? — perguntou.

— Não, só estava faltando isso. — disse, passando o pano na mesa de madeira ao centro, limpando a machinha que vi mais cedo e não consegui tirar.

A porta da frente se abriu e Jacks passou pela mesma com Dante logo atrás. Assim que nossos olhares se chocaram, abri um sorriso para o meu namorado, que retribuiu

— Poxa, nem esperaram a gente pra faxina. — Jacks disse.

— Não chegamos a limpar a área de cima. — a ruiva jogou a vassoura na direção dele. — Sua tarefa.

Jacks a encarou com indignação e Dante riu, mas seu sorriu sumiu quando joguei o paninho em seu peito.

— Você também. — Inclinei o rosto de encontro ao seu e deixei um beijinho em seus lábios.

— Que fofos! — Amélia e Jacks falaram ao mesmo tempo, logo em seguida se encarando com as sobrancelhas arqueadas.

Não resisti e comecei a rir.

— Por favor, vamos fazer esses dois ficarem juntos. — sussurrei para Dante.

— Pode contar comigo. — um sorrisinho surgiu em seus lábios.

— Beleza, eu vou tomar um banho! — Amélia disse e foi em direção as escadas.

Mandei um beijinho no ar para o meu namorado e segui escada acima.