Acordo e me levanto com certo custo, a preguiça parece que está me puxando de volta para a cama.
Quando sinto um peso em cima de mim, eu rapidamente desisto de levantar, olho para meu peito e vejo Sanji dormindo.
Ele estava com a cabeça afundada nos meus peitos, dormindo profundamente.
Acaricio a cabeça dele e logo em seguida deixo um pequeno beijo na testa do mesmo.
Agora sim, me esforço para levantar de uma maneira que não o acorde e sigo para o banheiro.
Entrando no banheiro, cocei meus olhos e me analisei diante ao espelho.
Começo a sentir algumas dores pelo corpo, então vou analisar.
Fico impressionado com cada marca que vejo nas minhas costas, arranhões e machucados de unhas cravadas na minha pele.
Será que Sanji está vivo? — Pergunto a mim mesmo antes de bocejar e tirar a roupa para tomar um banho.
Enquanto tomo banho, os mesmos arranhões e marcas ardem, mas ignoro.
.
Minha barriga ronca quando saio do chuveiro. Lembrei que dormi ontem sem ao menos comer.
***Me troco e desço as escadas, encontrando Perona e meu pai conversando na sala e assistindo alguma coisa que não dei a importância de saber o que era.
Quando eu apareci na sala, a conversa deles de repente parou e formou um silêncio constrangedor. Perona me encarava.
— Acordou tarde, filho. – Meu pai quebrou o silêncio, e logo olhou para o relógio do pulso esquerdo. – Uma da tarde...
— E o seu amigo? – Perona pergunta logo em seguida. Movo meu corpo até o outro sofá pequeno que tem ao lado do sofá grande que os dois estão.
— Dormindo. – Respondo, me sentando e bagunçando o cabelo com uma sensação de coceira na cabeleira.
— Vocês dormiram ontem sem jantar, não consegui abrir a porta porque estava trancada. – Ela comenta e eu sinto meu sangue gelar. – O que vocês estavam fazendo?
Engoli seco. – N-nada. Por que? Aliás, não te devo satisfação. – Respondi gaguejando na minha palavra.
— Seu grosso! Sou sua irmã mais velha, você tem que me contar as coisas. – Ela fala e cruza os braços, inchando as bochechas e fazendo o típico biquinho irritante.
— Chega, vocês dois. – Mihawk fala, fazendo eu e aquele projeto de algodão doce calarmos a boca.
— Você precisa me contar algo sobre Sanji, filho? – Mihawk me olha e pergunta. Suspiro, vendo que não consigo esconder nada dele.
— Eu e Sanji somos praticamente amantes, pai. – Revelei. Perona pareceu impressionada.
— Por que não me contou antes, Roronoa? – Ele se levanta e se senta ao meu lado. Seu braço passa ao meu redor e me puxa para um abraço reconfortante.
— Fiquei com medo do senhor não aceitar. – Respondo, aceitando o toque.
Me sinto leve com o abraço dele.
— Filho, você sabe que eu tenho um caso com Shanks, não sabe? Por que eu não aceitaria você ter um caso com Sanji? – Ele me pergunta, fazendo eu ficar pensativo. – Sanji sendo meu aluno, sei que ele tem ótimas notas e uma ótima estatura. Então com certeza eu aceito o relacionamento de vocês.
— Pai... – Tento falar alguma coisa, mas Perona me interrompe:
— Que fofo! Eu também aceito o seu relacionamento, irmão.
— Cala boca, projeto de algodão doce. – Respondo seco.
— Que saco! Não posso falar nada para ti. – Ela cruza os braços e se deita no sofá.
Meu olhar desvia para as escadas ao escutar passos.
— Zoro? – O loiro aparece na sala de repente.— Boa tarde, Sanji. – Sorrio. Separando o abraço entre eu e meu pai, me aproximando de Sanji e o abraçando, o mesmo pareceu confuso com o abraço, mas correspondeu com o mesmo ato.
— Boa tarde? Como assim? Que horas são? – Ele fica mais confuso ainda.
— São uma e meia. – Perona responde. – Sanji, por que tem um chupão no seu pescoço?
Puta merda.
Um silêncio tomou forma na sala. Meu corpo congelou. Vejo Sanji me encarar com ódio misturado com "fudeu".
(Sanji on)Puta merda.
Por que Zoro tem que deixar um chupão bem no lugar mais óbvio do corpo? Cacete. Eu tive que colocar uma camisa de mangas longas justamente por causa das mordidas que tinha pelo meu braço.
— Vocês... – Mihawk se pronunciou.
Sinto meu corpo gelar por completo e minha cabeça dar um branco. Agora fudeu de verdade, o que meu futuro sogro vai achar se souber que eu e o filho dele transamos? Sendo que nem faz um mês que nós nos conhecemos?
— Não é isso que vocês estão pensando. – Zoro fala. – Isso é...
— Vocês transaram, é isso? – Perona diz e começa a rir alto.
Meu olhar desvia para Zoro, ele está com as o dedo indicador e polegar no centro do rosto.
— Esses adolescentes... – Mihawk falou e levantou do sofá, indo em direção à cozinha. – Vocês querem comer o quê?— Strogonoff.
— Macarrão!Zoro e Perona se encaram. Sinto uma energia de competição surgir dos dois de repente.
— Já comemos macarrão semana passada. – Zoro se pronunciou.
— Strogonoff é enjoativo! – Perona revida.
— Macarrão é doce.
— Strogonoff é amargo.
— Macarrão é pra pessoa infantil.
— Strogonoff é pra pessoa sem maturidade.
— E que tal... Peixe? – Eu falo, vendo Zoro, Perona e Mihawk me olharem rapidamente.
— Verdade, faz tempo que não comemos peixe. Não é? – Mihawk olha para os filhos.
— Sim. – Os dois respondem juntos.
— Sanji e Zoro, podem ir comprar peixe no mercado para mim, então? – Ele fala e eu olho para Zoro, vendo ele concordar.
Subimos as escadas para nos trocarmos.
— Eu achei que seu pai fosse brigar com nós se descobrisse que transamos. – Comento, observando a roupa que Zoro me emprestou, pois esqueci de trazer roupa limpa.
— Ele falou que aceita nosso relacionamento de caso tivermos algo. – Zoro responde e eu olho para ele.
— Entendi...
Continua...
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SENTIMENTOS - Zosan
FanfictieSanji estava no segundo ano do ensino médio, pensando que nada poderia atrapalhar seus estudos. Até que, um marimo? Um coringa? Não! Um homem. É novato da sala, e Sanji, teve seus estudos atrapalhados pelos seus sentimentos. Felizmente.