CAPÍTULO 60

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"...Y es así, así, así
Es como cafeína que no me deja dormir
Y es así así así me hace tan feliz
Ella no sabe lo que me hace que si la tengo cerquita me quita todos mis poderes como Kriptonita
Ella no sabe lo que me hace
Que su sonrisa me alegra los días
Y que es su voz la mejor melodía
Y si dice que sí, me cambia la vida..."

Los Rumberos - Dime que sí

ALFONSO HERRERA - 11 DE JUNHO DE 2022

Já havia dormido um pouco e acordei subitamente, a noite estava fria e chovia lá fora. Ao meu lado Daniel dormia tranquilamente debaixo das cobertas agarrado na sua pelúcia de dinossauro, era o nosso fim de semana juntos. Nico havia ficado com Diana dessa vez.

Ana havia ido dormir em seu apartamento esse final de semana por conta de Daniel. Diana havia me pedido para não apresentar Ana aos meninos por enquanto e a estava obedecendo. Diana não gosta de Ana, à tinha como a causadora de todo o fim. 

Nosso término não foi dos melhores, estávamos distantes de um relacionamento homem e mulher fazia um tempo. Durante a pandemia me dei conta de que realmente tinha uma companheira, uma amiga leal em Diana, mas não tínhamos uma atração, química ou algo do tipo... convivíamos bem juntos, funcionávamos bem, éramos uma ótima equipe, pelo menos ao meu ver.
 
No início fui atraído pela intelectualidade e inteligência dela. Ela é uma pessoa divertida, sagaz, temos gostos parecidos em variados pontos, diferente de todas as outras que já haviam cruzado meu caminho. 

Fui pego de surpresa com a sua gravidez. Estávamos em um relacionamento ainda iniciando, ainda se fortificando, cheio de idas e vindas, distâncias ...

Mas a gravidez de Dani foi surreal, viver tudo aquilo pela primeira vez. Ver aquelas minúsculas roupinhas, o quarto, carrinhos. Nos divertiamos bastante arrumando tudo e curtindo cada momento com aquele barrigão crescendo a cada dia. Saber que ali dentro estava o meu filhão. Sempre havia sonhado em ser pai e estar realizando aquele sonho era magnífico.

Dani nasceu e tudo foi caminhando bem. Posso dizer que nos saímos bem como pais de primeira viagem. Decidimos desde antes dele nascer que não mostrariamos seu rosto por aí, queríamos mantê-lo em sigilo até onde conseguíssemos, sabíamos que era algo difícil mas tentaríamos. Afinal não queria aqueles abutres da imprensa oportunando o meu filho.

Mas mesmo com o nosso filho nossa relação foi se desgastando e acabou sendo ainda mais difícil para manternos uma relação diária com a pandemia, apesar da gravidez recém descoberta de Diana.

Sei que os meninos pesaram muito nessa minha decisão, sou filho de pais separados e não queria isso para meus filhos. Mas hoje entendo quão difícil é a situação com o olhar maduro de pai. Eu no meu olhar de criança na época não entendia como meu pai e minha mãe poderiam não viverem mas juntos, parecia absurdo, hoje não mais. 

Tentamos nos reaproximar como um casal, mudamos a rotina, fomos morar numa bela casa, começamos a sair mediante um pouco de melhora da pandemia para hotéis mais isolados, pousadas, voltamos a treinar juntos mas nada parecia sustentar nossa relação.

Nicolas veio ao mundo! Dani estava super empolgado com o irmãozinho! Nos divertimos decorando o quartinho do novo bebê, mas daí comecei a ser chamado para trabalhos novamente e aquela rotina que havíamos criado foi se esmurecendo aos poucos. Em pouco tempo eu já estava me sentindo como antes, apenas um companheiro de Diana um amigo, não conseguia ter outro sentimento por ela mais forte, já sabia que aquilo não duraria muito e que havíamos colocando um filho no mundo para viver com pais separados.

Ana não foi a causadora do fim, nos aproximamos durante as gravações de ¡QUE VIVA MEXICO!, trocávamos brincadeiras... e aquilo foi crescendo dentro de mim e dela, até não nos controlarmos. Ela me fazia sorrir, era divertida, a muito tempo não me sentia vivo daquela forma.

¿REALES RECUERDOS? - AYA - FinalizadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora