Capítulo Bônus IV

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Hey, pessoal, último de hoje.

*Perdoem qualquer possível erro

*Capítulo Narrado pela Carol

*TEXTO EM ITÁLICO SÃO LEMBRANÇAS

*ATENÇÃO: TEREMOS UMA PAUSA DE DUAS SEMANAS. PRÓXIMA ATUALIZAÇÃO SEGUNDA DIA 03/06


“Eu tive um dia terrível.” Nós dizemos isso o tempo todo. Uma briga com o chefe, enjoo, engarrafamento…É isso que descrevemos como terrível, quando nada de terrível está acontecendo.

Essas são as coisas que imploramos para ter: um canal, uma auditoria federal, café espirrado nas roupas.

Quando o terrível acontece, imploramos para um Deus que acreditamos para resgatar os pequenos horrores. E levar isso embora.

Parece fácil agora.

A cozinha inundada, a madeira podre, a briga que lhe deixa com raiva.

Ajudaria se soubéssemos o que estava por vir?

Saberíamos que estes seriam os melhores momentos da vida?”

Ana Carolina Silva Buijs (POV)

O pequeno caixão desce. Sinto o estômago embrulhar, porém tento, de todas as formas, refrear a ânsia.

Anne, ao meu lado, parece uma rocha inabalável, mas só eu sei o quão destruída minha esposa está. Aperto sua mão que permanece entrelaçada a minha em um gesto que significa mais do que qualquer pessoa poderia entender.

Enquanto ouço o choro de todos, me dou conta que nem em um milhão de vidas imaginei que passaria por isso. Jamais!

Como chegamos aqui? Ah sim, foi aquele fatídico dia. Um dia que tinha tudo para ser tão comum quanto outros

O bebê que você tem é o bebê destinado a ter.. “Era para ser assim”. Isso é o que todos dizem.. Enfim… Eu gosto de pensar que é verdade. Mas tudo no mundo parece tão completamente aleatório. E se uma pequena coisa que eu tivesse dito ou feito pudesse fazer tudo desmoronar ou mudar o percurso de toda uma vida? E se eu tivesse escolhido outra vida para mim? Ou outra pessoa? Talvez nunca nos encontrássemos. E se tivesse sido criada de modo diferente? E se a minha mãe nunca tivesse me colocado para jogar vôlei? E se aquele dia cruel nunca tivesse acontecido? E se…

Espreguiço na cama, sentindo um delicioso calor irradiar por todo o corpo. Calor esse que vem do corpo que está colado ao meu, viro e passo a olhar o bonito e sereno rosto de minha mulher. Anne dorme de forma tranquila, sua respiração pesada indica que está em um sono profundo, também, pudera, esticamos a noite de ontem para a madrugada a dentro fazendo um amor gostoso e sensacional.

Ouço leves passos se aproximarem do quarto, em seguida, a porta é aberta e minha pequena garotinha se aproxima da cama. Nem mesmo a fria manhã é capaz de fazer minha filha perder toda a euforia de mais um dia de escola.

Levanta, mamãe Ca.

Gemo de dor ao sentir o pequeno corpinho pular sobre mim.

Anne, sua filha já levantou. -Resmungo.-

Minha filha? Quando está elétrica ela é só minha, né? -Murmura, sua voz soando cansada.-

Sim, esse lado da família ela puxou de você. -Brinco pois sabemos que essa versão ligada no 220V veio toda do meu lado da família.-

Mamãe Ca, faz a mãe Nana levantar.

Anne!

Carolina!

Um Milagre de Natal- BuijrolOnde histórias criam vida. Descubra agora