Bônus Final (I)

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Olha só quem está de volta. Um pouquinho atrasada, confesso kkkkkk

Quero agradecer imensamente quem comentou, votou, indicou...enfim, que de alguma forma tornou essa fic mais especial. Obrigada!

*Os comentários serão respondidos entre hoje e amanhã 💕

*Perdoem qualquer possível erro

*ATENÇÃO: CAPÍTULO NARRADO PELA CAROLANA

*ERROS NA FALA DA AIMÊ SÃO PROPOSITAIS!


Ana Carolina Silva Buijs (POV)

Estamos na Holanda. Apesar do clima frio, o qual Anne detesta desde que conheceu o calor do Brasil, estamos muito felizes. Minha esposa decidiu ficar perto de sua família nesse momento tão difícil e eu, claro, apoiei cem por cento essa decisão.

Anne corre atrás de Aimê no grande quintal da família Buijs. Sorrio quando minha holandesa alcança nossa pequena, a pegando no colo e jogando para o alto, a gargalhada infantil ecoa por todo lugar.

—O chocolate quente está pronto, crianças.

A voz animada de minha sogra interrompe o momento.

—Já estamos indo, Mamma. -Anne responde, voltando a colocar nossa filha no chão.-

Aimê não perde tempo, vindo correndo até onde estou

—Mamãe Ca, chocolate quente gotoso, vamos?

Sorrio, abaixando para ficar da sua altura. Minha filha linda e amada, como seu próprio nome significa.

Olho por cima do ombro esquerdo de Aimê, Anne também sorri, mas seu sorriso não é aquele capaz de iluminar o ambiente, está mais para saudoso e triste.

—Filha, acho que não quero chocolate quente agora. -Respondo tentando conter as lágrimas.-

Aimê arma um bico, cruzando os braços, contrariada.

—Poi que? Você ama chocolate quente, mamãe Ca.

—Sim, eu amo, é só que...

—Então vamos. -Interrompe minha fala, virando para a outra mãe ao dizer: - Mamãe Nana, diz para a mamãe Ca tomar o chocolate quente gotoso que a vovó fez, diz! -Bate um dos pés, injuriada.-

Anne se aproxima de nós, agachando ao lado de Aimê e tendo sua total atenção.

—Mijn kleine liefde, lembra que já conversamos sobre isso? A vovó não entende muito bem o que você e eu entendemos.

—Eu quero a mamãe Ca junto da gente.

—Aimê....

—Então não vou! Não quero mais droga de chocolate quente nenhum.

—Aimê! -Gritamos, ao mesmo tempo, porém ela nos ignora, correndo em direção a casa da árvore.-

Vejo Anne fechar e abrir os olhos, em um gesto cansado

—Ela está cada dia mais parecida com você. -Comenta.-

—Eu sei. -Concordo.-

Nos encaramos por longos minutos até que nenhuma de nós consegue refrear as lágrimas

—Sinto sua falta, mijn liefje, a cada instante. Tem sido um inferno.

—Eu sei, amor, mas lembre-se que estarei sempre com vocês.

—Não é a mesma coisa.

Suspiro, não tenho resposta para isso. Anne tem razão, não é e nunca será igual.

Um Milagre de Natal- BuijrolOnde histórias criam vida. Descubra agora