ᴛʜᴀᴛ ᴡᴀʏ

28 | I'm alone (BÔNUS)

"ᴇᴍ ꜱɪʟêɴᴄɪᴏ ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴠᴏʟᴛᴏ ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀꜱᴀ, ᴇ ᴇꜱᴛᴏᴜ ꜱᴏᴢɪɴʜᴀ"
ᴡʜᴇɴ ᴛʜᴇ ᴘᴀʀᴛʏ'ꜱ ᴏᴠᴇʀ - ʙɪʟʟɪᴇ ᴇɪʟɪꜱʜ

🅱🅸🅰🅽🅲🅰 🆂🅸🅽🅲🅻🅴🆁

Eu respiro fundo mais uma vez, pensando se realmente é uma boa ideia ter vindo até aqui.

Eu pego meu celular e me olho na tela, arrumo o meu cabelo e ponho meu celular na minha bolsa novamente.

Abro a porta do carro e desço, olho para a casa a minha frente, respiro fundo mais uma vez, eu preciso fazer isso, eu repito na minha mente e tomo coragem para caminhar até a porta principal da casa.

Ajeito a minha blusa de frio, e passo as mãos em meu vestido, em um ato de nervosismo, toco a campainha e me afasto um pouco da porta, aguardando alguém me atender.

Desde o halloween já se passaram duas semanas, e eu não paro de pensar no que Aron me disse.

"Você mesma fez os seus amigos se afastarem de você Bianca"

"Então não se vitimisa agora, isso foi as consequências da suas próprias ações"

Isso me fez entrar em uma crise existencial horrível, e isso me fez ver coisas que antes eu não enxergava. Por exemplo, o medo do abandono, eu tenho medo dele, ou melhor eu tenho medo de no final ficar sozinha.

E esse medo me fez fazer coisas terríveis, e machucar pessoas, quando na verdade era eu que estava machucada, e para cobrir as minhas feridas, eu feria outras pessoas.

Eu acabei me tornando um monstro, e por amor cá estou eu, tentando consertar uma das pessoas que eu quebrei, para que ela conserte quem eu amo.

Saio dos meus pensamentos ao ver a porta ser aberta, revelando uma mulher que aparenta estar na casa dos trinta e poucos anos, seu cabelo é cacheado, seus olhos castanhos, ela está usando um vestido florido. Ela abre um sorriso me olhando.

- Em que posso ajudar? - ela pergunta docemente

- A Agnes está? Eu vim conversar com ela, é importante - eu tento ser mais gentil possível

- Está sim, pode entrar - a mulher da espaço para mim passar, eu entro na casa e escuto a porta ser fechada

Eu olho ao redor, a casa é confortante, trás uma paz, trás a sensação de que realmente você pode a chamar de lar, isso me faz da um pequeno sorriso, eu nunca tinha sentido essa sensação antes, eu não tive um lugar para chamar de lar.

- Ela está lá no quarto, eu vou chamá-la, fique a vontade - a mulher fala e eu concordo com a cabeça

Eu olho novamente ao redor, eu gostaria te ter tido um lugar para chamar de casa, mas tudo o que eu tive, foi um lugar que me deu traumas.

Escuto passos se aproximando da escada, eu me viro em direção a ela, vejo a mulher que me recebeu descendo na frente e atrás dela está Agnes, que para no lugar ao me ver.

Ela me olha sem reação, eu respiro fundo novamente a olhando também, ela parece estar triste, como eu sei? Eu vivo constantemente nessa tristeza.

- O que você está fazendo aqui? - ela pergunta seriamente ao terminar de descer as escadas

- Eu vim tentar consertar as minhas merdas - eu falo torcendo para que ela não me expulse daqui

- Você não acha que é um pouco tarde para isso? - ela pergunta seria

- Talvez não seja tão tarde assim - eu falo a fazendo respirar fundo

- Mãe, você pode deixar a gente sozinhas? - ela pergunta para a mãe que concorda com a cabeça e sobe as escadas - Seja rapida - ela fala e eu concordo com a cabeça