Em um mundo de coroas e bisturis,
Onde o destino tece tramas cruéis,
Ela, princesa de vestidos longos,
Ele, médico ladino, esconde seus ideais.
Na sala do hospital, olhares furtivos,
Entre curativos e segredos sussurrados,
Seus corações dançam em c...
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Se existia uma coisa que Mary amava e odiava na mesma proporção eram os bailes. Mary adorava as músicas, as danças, as comidas, ver pessoas que ela não via a anos, mas isso acabou após completar seus dezoito anos, os bailes não eram mais para rever pessoas ou se divertir com as músicas, mas eram para Mary arrumar um pretendente, um marido, alguém que a prendesse e a obrigasse ser quem ela não era.
Ela fizera questão de se esconder em todos os bailes do qual ela participou depois dos seus dezoito anos, ou correr para Thomas, que diferente de seu pai, ele adoraria que ela morresse sem ninguém, livre e sozinha, que por mais que Thomas a irritasse o tempo todo, ele não estava preparado para ver sua irmãzinha mais nova se divertindo e amando mais outro homem que ele.
Mary e Thomas sempre foram próximos, os únicos daquela mansão gigantesca que quebravam as regras impostas pela sociedade, e com o pai e a mãe deles sempre os obrigando a seguirem as regras, um era o escape do outro.
"A Princesa não está aqui apenas para fugir de seus pretendentes, certo?" Thomas perguntou sorrindo para a irmã.
"Não estou aqui por isso." Mary sorriu divertida. "Estou aqui apenas para fugir de um pretendente." Mary disse dando de ombros.
Thomas soltou uma risada alta e olhou para a irmã. "Você está muito bonita nesse vestido, Mary."
Mary revirou os olhos. "Você só está dizendo isso, porque foi você que escolheu o vestido."
O Irmão mais velho sorriu e murmurou um "obviamente", fazendo a mais nova soltar um suspiro. Mary enroscou seu braço no do irmão e encostou a cabeça no ombro do mesmo.
"Ele tem a voz estranha." Ela disse encarando um Lorde. "Ele me disse que me levaria para o outro lado do mundo, que viríamos para Port Victory a cada cinco anos. Quando ele disse isso, eu o ameacei com a taça do vinho. Eu não conseguiria ficar longe de você, e fiquei irritada por ele ter pensado nessa possibilidade."
"Você o ameaçou com uma taça?" Thomas riu. "Não sabia que eu era tão importante a ponto de você ameaçar alguém com uma taça." Thomas sorriu provocando a mais nova, enquanto a mesma o beliscava. "Quando eu me casar, eu não me importaria de levar você comigo."
Mary sorriu para o irmão e respirou fundo para não chorar, pois tinha ficado emocionada com a fala do irmão. "Papai te mataria." Mary disse pensando na tal possibilidade.
"Mataria." Thomas concluiu. "Mas estaríamos juntos."
Enquanto Mary e Thomas conversavam e observavam as pessoas no meio do salão, Belle a procurava desesperada. Mary notou a amiga desesperada no meio dos convidados, ela se despediu rapidamente de seu irmão e seguiu em direção da amiga. Não demorou muito para que Belle percebesse a amiga e começasse a puxá-la.
