episode five
THE DUEL
No dia anterior, Mary chorou como nunca havia chorado antes, tanto que Thomas estava assustado, ele nunca tinha visto a irmã daquele jeito. Mary ainda não tinha contado o que havia acontecido, mas Thomas tinha uma pequena ideia de quem podia estar envolvido.
Thomas passou a noite ao lado da irmã, ficou acordado até que a mesma dormisse.
Foi difícil inventar uma desculpa cabível para a mãe e o pai deles.
"O que você disse para a mamãe?" Mary perguntou sonolenta.
Thomas se espreguiçou. "Disse que você e Belle brigaram de novo."
Mary acenou lentamente. "Bem, você não mentiu."
"Achei que você estava disposta a fazer as pazes com ela." Perguntou, enquanto ia em direção a porta.
A mais nova deu de ombros. "Estava."
Thomas colocou a mão na maçaneta e se virou para irmã. "Piquenique de café da manhã?"
Mary sorriu e acenou. "Como nos velhos tempos."
"Mas vai se arrumar, não quero alguém tão acabada do meu lado." Ele piscou para ela.
Desviando de um travesseiro jogado pela irmã, ele saiu do quarto e foi em direção a cozinha.
Chegando na cozinha, ele viu seu pai na procura de uma maçã, Antony tinha um pequeno problema, era muito perfeccionista e adorava as frutas tão lisas, quanto um chão em cerado. Thomas se aproximou e pegou uma maçã e entregou a seu pai.
Antony sorriu para filho. "Você tem algum tipo de dom." Mordeu a maçã.
O mais novo riu. "Sim, um ótimo dom, eu diria." Thomas se aproximou das prateleiras, procurando a cesta de piquenique. "Você viu a cesta de piquenique?" Perguntou ao pai.
"Não, quem usava essa cesta era você e sua irmã. Para que precisa dela?" Perguntou se aproximando do filho, o ajudando a procurar.
"Mary e eu vamos fazer um piquenique no café da manhã." Disse, encontrando a cesta logo em seguida e a colocando sobre a mesa.
"Ah, então Mary está melhor?" O mais velho puxou uma cadeira e se sentou.
Por um momento, Thomas cogitou em falar a verdade, que não, Mary não estava bem, e que ele não tinha ideia do que havia acontecido, talvez o pai conseguisse fazer a irmã a falar e com certeza ele teria uma solução muito melhor, mas Thomas não trairia sua irmã desse jeito, se ela não tinha se sentido à vontade de falar o que tinha acontecido para ele, não era com o pai que ela iria se sentir a vontade.
"Sim, ela e a Belle brigaram de novo." Ele deu de ombros. "O senhor sabe, coisa de mulher." Ele sorriu para o pai.
"Eu ver como ela está." O pai dele disse, enquanto se levantava da cadeira.
Imediatamente, Thomas pensou em uma desculpa para afastar o pai da irmã. "Já falei ao senhor, ela está bem." Ele pegou uma uva na bancada e a colocou na boca. "Ela deve estar se arrumando agora, para o piquenique. O senhor sabe como ela odeia ser interrompida enquanto se arruma."
O Antony riu. "Você está certo. Dá última vez, eu levei uma sapatada no rosto."
Thomas riu, sabendo que o pai não foi o único a levar uma sapatada. Os dois conversavam e falavam sobre as loucuras que Mary já aprontou e riam nostálgicos, até um dos guardas de seu pai o chamar para algo da realeza. Thomas revirou os olhos, depois de seu pai se despedir e sair para ir resolver o que para resolver.
O filho mais velho de Antony, nunca entendeu como o pai conseguia ser tão afastado da família. Thomas sabia que o pai era o rei e entendia que o mesmo tinha obrigações a se fazer. O que ele não entendia, era como o pai conseguia ficar longe, ele não tinha saudades ou vontade de conversar com os filhos?
Thomas não entendia, por que depois que começou a trabalhar para o capitão Gaines, ele estava quase sempre sem tempo e mesmo assim conversava todos os dias com a irmã, e mesmo que estivesse tarde da noite e cansado demais para conseguir ficar em pé, ele ia perguntar a irmã como foi o dia dela, e todos os dias, sem exceções, ele ia lhe dar boa noite.
Claro, Thomas não tinha nem metade das obrigações do pai, não tinha um país para cuidar, e no caso de seu pai, dois países, mas ele fazia o possível para passar seu tempo com a sua família.
Thomas suspirou, ele nunca ia realmente entender. O moreno fechou a cesta de piquenique, e com a cesta na mão, ele foi em direção ao quarto da irmã.
A princesa já estava pronta a algum tempo, e não aguentava mais esperar o irmão, então saiu do quarto e ia em direção cozinha, quando começou a descer a escadas, deu de cara com o irmão, o qual ela esbravejou e perguntou se teria ido contar uma árvore para fazer a cesta de piquenique.
Já ao lado de fora, Thomas perguntou se a irmã preferia ir ao campo que ela quase não ia mais, mas que ela tanto gostava de passar o tempo, ou se preferia focar ali mesmo, no jardim de casa.
Mary optou por ficar ali no jardim, ela não estava afim de sair, e muito menos correr o risco de ver qualquer pessoa, Jack, Belle, Gaines, o que Gaines fez? Nada, ela só não queria ver aquela cara feia dele.
Os irmãos Stewart, estavam sentados em uma toalha na grama e conversavam já fazia algum tempo.
"Lembra quando eu sumi por horas, mas na verdade eu só estava em cima da árvore lendo?" Ela perguntou e apontou para a árvore.
Thomas riu. "É óbvio que eu me lembro. Mamãe me fez te procurar por todo canto."
Mary sentiu uma pontada no peito e uma pequena falta de ar, que ela disfarçou com uma tosse.
"Eu te amo, Thomas." Ela disse olhando para o irmão.
Thomas sorriu e pegou as mãos da irmã. "Eu também te amo, Mary." Ele apertou as mãos da mais nova como consolo. "E odeio te ver assim, e eu também sei que não é apenas por causa de Belle."
A mais nova suspirou e começou. Começou a contar tudo que estava acontecendo e o que já tinha acontecido. Falou sobre como estava indo no hospital, as coisas que Belle tinha te dito, palavra por palavra.
E Jack, e como as coisas tinham melhorado com ele, e como de repente, ela estava ali, sofrendo por uma coisa que ela nunca tinha pensado que sentiria.
Capítulo totalmente dedicado ao meu Dylanzinho que eu amo demais e sou muito apaixonada🥰
Sem o Jack nesse, mas o próximo já começa com os dois.
Espero que gostem<3
Não esqueçam de votar e comentar.
Bjinhooss, amo vocês💕💕
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𝐔𝐍𝐂𝐎𝐍𝐃𝐈𝐓𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋; Jack Dawkins
RomanceEm um mundo de coroas e bisturis, Onde o destino tece tramas cruéis, Ela, princesa de vestidos longos, Ele, médico ladino, esconde seus ideais. Na sala do hospital, olhares furtivos, Entre curativos e segredos sussurrados, Seus corações dançam em c...