TWENTY NINE

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UNTAPPED POTENTIAL

UNTAPPED POTENTIAL

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Lá fora, o sol começava a raiar. A luz lentamente envolvia todo o quarto da princesa, afastando qualquer sombra da noite que sobrava ali. Uma brisa leve entrava pela janela e soprava o rosto da princesa que era iluminado pela luz do sol.

Mary se remexia na cama tentando se esconder da luz. Não conseguindo mais dormir, abriu os olhos lentamente. Ela piscou várias vezes, tentando se acostumar com a luz.

Já despertada e de olhos abertos, ela virou a cabeça para o lado, encontrando Jack deitado ao seu lado. Jack estava com dois dedos em seu pulso, controlando sua pulsação. A princesa sorriu com o ato, mas o sorriso não durou muito, ela se lembrou do motivo de Jack estar com os dedos ali.

A princesa se mexeu, se aproximando de Jack e o acordando.

"É um aneurisma da aorta, não é?" Ela perguntou.

Jack engoliu seco. "É, sim."

"E quando se romper, será o meu fim." Jack segurou as mãos da princesa. "Não queria deixar este mundo sem saber o que é ter uma família, sem saber como os meus filhos seriam." O loiro colocou uma mão na bochecha de Mary. "Mas fico feliz e muito grata por deixar esse mundo sabendo o que amar."

"E ser amada." Ele beijou o nariz dela. "Por inteiro."

Mary sorriu e se acomodou no peito dele. "Poderíamos tentar resolver isso." Ela suspirou. "Astley Cooper fez essa cirurgia há 40 anos. Eu li o relatório do caso."

"Ele matou o paciente." Jack falou baixo.

"Eu sei." Mary levantou o olhar para Jack. "Eu sei, mas a medicina mudou."

"Há um motivo para o melhor cirurgião do século ter fracassado." Jack balançou a cabeça negativamente. "Você morreria na mesa de operação."

A princesa deu um sorriso triste. "Vou morrer de qualquer jeito." Com um toque suave e brincalhão, ela encostou a ponta do dedo no nariz dele. "Você consegue. Eu confio em você."

O loiro colocou a mão nos cabelos dela. "Por favor, não me peça isso."

Mary sorriu e concordou com a cabeça. "Então você vai fazer o que me ensinou. Vai segurar minha mão e ser a presença reconfortante que vai me guiar rumo ao desconhecido além." Mary juntou suas testas. "Não vou ter obrigar a fazer algo que não queira."

A porta do quarto de Mary se abriu.

"Filha, eu..." Isobel parou na porta ao perceber o loiro na cama da filha.

A princesa se afastou rapidamente de Jack e observou a mãe sair pela porta.

"Aí meu Deus." Disse Mary, tampando p rosto com as mãos, envergonhada.

A princesa estava sentada na cama, abraçando seus joelhos. Depois da mãe entrar no quarto, Jack deu um beijo rápido na morena e saiu. Mary imaginava que ele teria ido falar com a mãe.

Mary ouviu a porta se abrir, mas escolheu não se virar para ver quem era.

"Mamãe está falando com Jack. Ele não dormiu aqui, dormiu?" Thomas perguntou e se aproximou da cama, sentando-se ao lado da irmã.

"Você já não deveria estar com o capitão Gaines?" Mary se virou para o irmão.

"Acho que sim, mas ele está fazendo alguma coisa que não precisa de mim." Ele deu de ombros. "Sorte a minha."

"Thomas..." Mary o chamou baixo.

Thomas olhou para a irmã e estranhou a expressão triste dela. "Ei, o que foi?" Ele abraçou de lado a irmã. "Se o problema for por causa de Jack, não se preocupe-"

"Eu estou morrendo, Thomas." Mary disse, começando a chorar.

Thomas paralisou no lugar. "Você tem certeza?" Ele perguntou baixo.

"Minha aorta está dilatando." Ela começou. "Se eu não for operada, vai se romper, e vou sangrar até a morte."

"Quem lhe disse isso? Jack? Tem certeza que ele está falando a verdade?" Thomas perguntou, colocando as mãos nos rosto da irmã e o virando para si.

Mary fechou os olhos, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. "Foi eu que descobri. Jack não me disse nada. Foi eu, sozinha."

O mais velho negava com a cabeça. "Não, Mary. Não pode ser." Ele a puxou para um abraço.

Mary se aninhou no abraço do irmão, enquanto aa lágrimas silenciosas continuavam a escorrer.

"Eu queria ter lhe dito antes, eu não sabia como. Me desculpe." Mary soluçava.

Thomas segurava a irmã com força. "Nós vamos encontrar uma solução." Ele murmurou, com a voz trêmula. "Eu estou com você, Mary."

Ela respirou fundo. "A cirurgia que tem que ser feita, ela nunca teve sucesso." A morena fungou. "Eu não sei quanto tempo tenho, Thomas." Sussurrou.

Thomas afrouxou o abraço, apenas o suficiente para olhar nos olhos da irmã, o desespero evidente em seus olhos. "Vai dar tudo certo. Você não vai passar por isso sozinha, eu prometo."

Mary assentiu, mas ela sabia que as palavras dele não poderiam mudar o inevitável.

"Acha que Jack pode fazer a cirurgia?" Thomas perguntou esperançoso.

"Eu não sei." A mais nova admitiu. "Ele não quer tentar. Ele tem medo de me matar."

"Eu posso tentar convencê-lo." Ele a puxou para o abraço novamente. "Eu não posso perdê-la."

Eles ficaram abraçados em silêncio por alguns minutos. Mary não sabia mais o que dizer e Thomas não queria dizer mais nada, cada palavra que dizia parecia tornar tudo aquilo muito real, e ele não queria que aquilo fosse real.

"O que acha que a mamãe vai fazer?" Mary perguntou ainda no abraço. "Sobre ter encontrado Jack aqui."

Thomas soltou uma risadinha e se afastou da irmã. "Sabia que ele tinha dormido aqui e que ela o havia pego no flagra."

A morena revirou os olhos. "Ele apenas dormiu aqui, não fizemos nada."

"É o que eu espero." O mais velho fez uma expressão enojada. "Talvez ela te ameace." Thomas deu de ombros.

Mary franziu as sobrancelhas. "Me ameaçar com o que?"

"Te mandar para algum dos parentes dela na Escócia, igual ela ameaçava fazer quando éramos crianças." Ele sorriu, lembrando-se de quando eram crianças.

"Acho que não tenho tempo para chegar na Escócia." Ela quem deu de ombros agora. "Acha que ela vai acreditar que estou morrendo?"






Oficialmente o último episódio da série😭

acabando e eu não quero😭

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Bjinhooss

𝐔𝐍𝐂𝐎𝐍𝐃𝐈𝐓𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋; Jack DawkinsOnde histórias criam vida. Descubra agora