Em um mundo de coroas e bisturis,
Onde o destino tece tramas cruéis,
Ela, princesa de vestidos longos,
Ele, médico ladino, esconde seus ideais.
Na sala do hospital, olhares furtivos,
Entre curativos e segredos sussurrados,
Seus corações dançam em c...
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A princesa andava irritada pelo quarto, dando voltas e voltas, enquanto resmungava algumas coisas para o médico presente.
Mais cedo, tinha esclarecido o que Jack fazia ali para sua mãe, disse também que estava morrendo, mas como a princesa previa, a mãe não acreditou e chamou Sneed para examiná-la.
"Me deixe examiná-la." Sneed pedia pela centésima vez.
Mary se virou para ele. "Eu não preciso que você me examine, eu sei o que eu tenho e o que vai acontecer." Ela voltou a andar pelo quarto.
"Assim que a examinar, eu vou embora." Ofereceu.
A princesa pareceu pensar, então ela foi até sua cama e se sentou. Sneed soltou o ar lentamente pela boca, aliviado pela princesa ter cedido.
Sneed pegou um estetoscópio e se aproximou da morena. Começou a examiná-la, assim que colocou a outra extremidade no peito de Mary, seus olhos se arregalaram.
Mary sorriu para ele. "Como é poder ouvir a morte de alguém, hum?"
Sneed engoliu seco. "Inconclusivo." Ele se levantou rapidamente.
"Eu o acho insuportável, mas pensava que era no mínimo inteligente." A princesa debochou dele.
"Sou um médico com anos de experiência e formado em Oxford." Ele engoliu seco novamente. "É uma úlcera."
"Deve ser bom ser igual a você e não implorar a Deus todos os dias, 'por favor, senhor, salve a minha vida.', "por favor não me leve, me deixe viver mais um pouco." Ela jogou as palavras em Sneed e se levantou irritada da cama. "Saia do meu quarto agora." Vociferou.
"Tente descansar." Sneed falou calmo. "Vou considerar esse ataque comi uma reação a um dia difícil." Ele se aproximou da porta e a abriu.
"Vou ter tempo de sobra para descansar em meu caixão."
Mary ficou um tempo sozinha em seu quarto depois que Sneed foi embora. Ela estava inquieta, ela andava pelo quarto, ela se sentava e se levantava da cama, ela se sentava em cantos aleatórios de seu quarto e chorava. A princesa não esperava ter essa reação, mas ela não conseguia controlá-los.
A princesa estava sentada na cadeira de sua mesa no quarto, enquanto lia novamente outro livro sobre alguma possível solução para o seu problema, quando virou seu olhar para a porta e viu seu pai entrar.
"Você está se sentindo melhor?" Antony perguntou se aproximando de sua filha.
"Mamãe já lhe contou?" A princesa perguntou voltando seu olhar para o livro.
Antony acenou com a cabeça mesmo que a filha não fosse ver. "Contou sobre você e Dawkins." Ele ouviu uma risada sem emoção da garota. "Contou também sobre seu diagnóstico, ou o que você acredita ser um."
Mary fechou seu livro e olhou para o pai. "Eu não quero falar sobre isso."
Antony pegou as mãos de sua filha e a puxou para ficar em pé. "Não quero que nada aconteça a você." Antony puxou a filha para um abraço. "Eu não suportaria." Ele se afastou um pouco para poder olhar para o rosto da filha. "Não é nada, sim? Apenas um diagnóstico precipitado do Dr. Dawkins."
Mary negou lentamente com a cabeça. "Eu quero ficar sozinha, papai." Ela falou com a voz trêmula.
A princesa poderia estar chorando agora, mas ela não tinha certeza se teria lágrimas para isso.
Antony sorriu e acenou para a mais nova. Ele se aproximou e depositou um beijo na testa de Mary, e se afastou com passos lentos em direção a porta.
Jack estava com a cabeça nas nuvens, não conseguia trabalhar, não conseguia pensar, na verdade, ele conseguia pensar apenas na princesa que tinha roubado seu coração.
Dawkins concordava com tudo que a enfermeira Hetty dizia, até com a bobagens que ela tinha inventado para ver se ele prestava atenção, mas ele estava longe, e ficou mais distante ainda quando Sneed entrou pela porta do hospital.
Imediatamente, Jack andou até ele, Sneed que viu o Jack se aproximar, sorriu ao vê-lo parar em sua frente.
"Não leve para o coração, Dawkins. Mary só queria um homem mais qualificado." Sneed debochou.
Jack pegou Sneed pelo o colarinho e o jogou de costas em umas das pilastras.
"Descreva a condição dela." Jack perguntou irritado.
"Parece ser uma úlcera perfurada." Sneed o respondeu devagar.
"Úlcera perfurada? Seu esnobe idiota." Jack gritou irritado. "Ela tem um aneurisma da aorta."
"Impossível." Ele sorriu irônico. "Se conseguisse ler a literatura médica, veria que não há casos na idade dela."
"Que se dane a literatura. Observe o paciente."
O sorriso do Sneed sumiu. "Eu soube que você tem feito uma observação minuciosa." Ele disse baixo.
"Dr. Dawkins, solte o Dr. Sneed." O professor apareceu.
Depois do professor separar os dois, ele quis contar mais uma de suas histórias, mas Jack não estava afim de ouvir, então subiu as escadas.
Jack voltou ao seu trabalho. Quando passou na frente da sala do professor, o ouviu falar Astley Cooper. Jack se mostrou interessado em saber da tal história do professor e da cirurgia do aneurisma da aorta.
Hetty achou o registro médico da cirurgia de aneurisma da aorta. No quarto de Jack, Hetty lia em voz alta o que estava nos registros e Jack andava de um lado para o outro enquanto ouvia.
"Tem um sujeira em cima." Hetty disse passando o dedo sobre o texto do registro. "Não dá para ler isso e o resto está em latim."
Jack pegou o registro, começou a passar as páginas e o fechou irritado.
"Pelo amor de Deus." Ele se sentou e colocou as mãos no rosto.
"Você a ama, não é?" Hetty perguntou.
Jack olhou para a enfermeira e acenou.
"Então entendo não querer operá-la."
"Eu vou matá-la." Jack falou com a voz embargada.
"E se ela morrer, e você nem tentar?"
"Isso é justo?" Jack passou as mãos pelo rosto.
"Justo?" Hetty perguntou. "Você nunca amou ninguém, não é? Você abre seu coração e sempre dói. Não importa o que faça." O silêncio durou alguns segundos. "Não seja egoísta, não é só você que vai perdê-la. Os pais dela irão perder a filha, o irmão dela vai perder sua melhor amiga, Belle não terá mais ninguém para oportuna com seus problemas da alta sociedade, e eu vou perder uma amiga."
Jack ouvia tudo atentamente e em silêncio. Ele concordou com a Hetty e acenou lentamente com a cabeça enquanto se levantava da cadeira.
"Obrigado, Hetty."
Desculpa a demora, eu tô viajando e não tive tempo de revisar, então foi sem revisar mesmo.
