Minho tinha a cabeça baixa enquanto andava pelo longo corredor, indo em direção ao seu pesadelo.
A sala de seu pai.
Tinha certeza do que o homem queria, e provavelmente levaria uma das maiores broncas de sua vida, ou até mesmo uma punição maior.
Depois de andar mais um pouco, parou em frente a grande porta de seu pai, pensou muito em ir embora mas sabia que aonde fosse, seus problemas não iriam sumir.
Então sem pensar mais, bateu duas vezes na porta, esperando uma resposta do lado de dentro.
— Entre. — Uma voz rouca e abafada disse de dentro da sala, e assim que ouviu, o garoto rapidamente abriu a porta e entrou.
Lee então sem perder tempo, fechou a porta atrás de si e ficou parado, enquanto seu pai estava sentado em sua mesa, apenas mexendo em alguns papéis.
Ficaram em completo silêncio por longos segundos, até que Minho não aguentou mais e começou a falar.
— O-o que o senhor quer? — Disse cabisbaixo e gaguejando um pouco.
— Arruma suas coisas. — O homem disse curto e grosso, e sem tirar os olhos do que estava fazendo.
— Hm? — Minho questionou e levantou o olhar, agora encarando seu pai com uma feição confusa.
— Você vai embora, ja marquei seu voo pra Espanha. — O homem finalmente olhou na face de seu filho. — Você vai fazer medicina lá, ja que não consegue nem honrar o próprio sobrenome, agora pelo menos vai fazer algo de respeito, inclusive, amanhã a tarde quero você pronto que o motorista ira te buscar para irem ao aeroporto.
O mais velho disse isso completamente pleno, já Minho, não podia acreditar no que estava ouvindo, dançar sempre foi seu sonho desde criança, e agora não queria jogar tudo isso fora.
— Mas pai, eu to tentando, eu to me dedicando cada vez mais, treinando mais, suando mais, por favor o senhor sabe que isso sempre foi uma das minhas maiores metas. — Minho dizia enquanto lágrimas já caiam em sua bochecha.
— Graças a você mesmo, seu sonho foi completamente jogado no lixo, e ainda teve a pachorra de manchar o nome da família Lee, pra sua sorte sua mãe não está aqui, por que se não eu tenho certeza que ela também iria lhe achar uma decepção.
— Não fala dela..
— Mas é essa a verdade, e sem mais, saia logo daqui e vá arrumar suas coisas. — O maior voltou a sua atenção ao amontoado de papéis.
— Mas p-pai. — O garoto tentava controlar as lágrimas mas não conseguia, suas pernas já estavam fracas e tinha certeza que a qualquer momento iria cair ali mesmo.
— Mas nada. — O mais velho lhe interrompeu. — Você não vai parar de ser assim, um desgosto, um inútil, então seja assim pro resto da vida, so que longe daqui, por que eu não mereço carregar o fardo de ter feito alguém que nem você, Minho.
Minho respirou fundo e um silêncio desconfortável reinou no local, que logo foi corrompido quando o menor começou a falar novamente.
— A culpa é sempre minha? É serio isso? — Tentou se acalmar um pouco mais logo começou a falar. — Eu..sempre to aqui, tentando dar o meu melhor, e eu to pouco me fudendo se eu tenho o mesmo sobrenome que o seu ou não, mas saiba que todas as vezes que eu errei, foi tentando acertar, e eu so entrei aqui, por sua causa, por que queria dar orgulho a aquele que eu sempre chamei de pai, mas você nunca fez questão de ver os meus acertos e so julgava os erros.
— E o bolsista? Você sabe que é uma decepção, e agora, virou um viadinho de merda.
— E dai? E se eu realmente for? Você pode ser meu pai mas não significa que eu vou ser sua cópia, eu tenho os meus gostos e fiz minhas escolhas, ponto e acabou. — O garoto cuspiu essas palavras enquanto encarava seu pai, que continuava com uma feição plena.
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- 𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐨𝐲 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐩𝐮𝐫𝐩𝐥𝐞 𝐡𝐚𝐢𝐫 | 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀
FanfictionOnde... Jisung era um bolsista em uma das maiores Academias De Dança, Canto e Teatro, de toda a coréia, a Academia GAHEE. Era um garoto destemido, que não gostava quando lhe faltavam com respeito. Porém, havia um garoto que lhe tirava a paciência co...